Foto: IndieGoGo Ampliar Angela e Chris Faddis: casal arrecadou metade do dinheiro para tratar a doença dela em uma semana |
Campanhas pipocam por todo o mundo em sites cujo foco é arrecadar dinheiro para as mais diferentes causas
Internautas de todo o mundo recorrem cada vez mais à internet para angariar fundos para pagar cirurgias ou tratamentos médicos. A mania ganhou força nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, onde sites de doação como IndieGoGo ou JustGiving promovem a arrecadação de dinheiro para diferentes causas.
Um dos usuários que buscaram este recurso foi o americano Chris Faddis, depois de descobrir que seu plano de saúde não pagaria todas as despesas do tratamento de sua mulher, Angela, 31 anos, diagnosticada com câncer do colo do útero em estágio avançado.
Por meio de um anúncio postado no IndieGoGo, para receber doações, ele começou a campanha "Salve uma vida: apoie o tratamento do câncer em estágio avançado de Angela Faddis".
Já na primeira semana, conseguiu arrecadar metade da meta de US$ 30 mil. Após 45 dias, o casal recebeu US$ 35,7 mil de 339 pessoas, entre anônimos e conhecidos, que fizeram doações de US$ 5 a US$ 1,6 mil.
"O que estamos pedindo é uma ajuda para a nossa necessidade imediata", diz Faddis na página oficial da campanha.
"Seu dinheiro não irá para encontrar uma cura para o câncer, mas para tentar curar o câncer da minha esposa".
O sucesso da campanha dos Faddis é uma mostra de que a captação de fundos online, o crowdsourcing, está começando a se espalhar para a custosa área dos tratamentos de saúde.
"Acredito que este tipo de inciativa possa também fazer sucesso no Brasil", disse à BBC Brasil a diretora de marketing do IndieGoGo, Erica Labovitz. De acordo com ela, dezenas de campanhas orientadas para a área da saúde tem aparecido no IndieGoGo nos últimos meses. Os motivos são variados, desde pequenas despesas médicas até transplantes.
Dinheiro para o parto
Diferente dos Faddis, o jovem casal de Los Angeles Nicolas e Delondra Williams não está enfrentando nenhum problema de saúde sério. Mas esperam arrecadar US$ 4 mil para ajudar com as despesas do parto do primeiro filho que deverá nascer em maio do próximo ano. Como eles não tem plano de saúde, o dinheiro deverá cobrir visitas médicas, exames, ultrassons e vitaminas.
Diferente dos Faddis, o jovem casal de Los Angeles Nicolas e Delondra Williams não está enfrentando nenhum problema de saúde sério. Mas esperam arrecadar US$ 4 mil para ajudar com as despesas do parto do primeiro filho que deverá nascer em maio do próximo ano. Como eles não tem plano de saúde, o dinheiro deverá cobrir visitas médicas, exames, ultrassons e vitaminas.
"Quando ouvimos pela primeira vez sobre todos os custos e vimos o quanto eram limitados os nossos recursos, Delondra começou a chorar", lembra Nicolas, ao justificar a decisão de começar a campanha online.
"Nós não tínhamos certeza como iríamos pagar o que acreditamos ser o melhor para o cuidado do nosso filho." Iniciar uma campanha no IndieGoGo é gratuito. Mas o site leva cerca de 4% do dinheiro arrecadado. Se um paciente consegue arrecadar além da meta estabelecida, a comissão passa a ser de 9%.
De acordo com Slava Rubin, que ajudou a criar o site em 2008, quem decide se uma causa é justa e merece receber contribuição são os próprios internautas. Rubin diz, no entanto, que é preciso trabalhar com Facebook, Twitter e outras redes sociais para que a iniciativa tenha retorno positivo.
"A maioria não vai sair do chão sem o apoio inicial da família e dos amigos", afirmou.
"Em geral, 80% das doações vem de redes de amigos. Os 20% restantes são doações de estranhos."
Doenças expostas
Até o momento, uma das mais bem sucedidas campanhas é a de Cheb I Sabbah, que conseguiu arrecadar mais de US$ 75 mil para o tratamento de um câncer no estômago em estágio avançado. Devido a sua condição de saúde frágil, o DJ nascido na Argélia e radicado em São Francisco (Califórnia) se viu forçado a cancelar shows ao vivo. Sem plano de saúde e com as contas médicas aumentando todos os dias, amigos próximos deram início a campanha que pagará as despesas de um ano de tratamento na Alemanha.
Há também muitos casos de fracasso. Um exemplo é o transgênero Be Scofield, 31 anos, que estabeleceu uma meta de US$ 10 mil para fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Terminado o prazo para o recebimento das doações, ele recebeu pouco mais de US$ 1,6 mil por meio de 23 doações.
Outra campanha que chama atenção é a da cachorra da raça buldogue Sweet Pea, de Cedar Rapids (Iowa), levada para um abrigo com infecções na pele e nas orelhas. De uma meta de US$ 1 mil, foram arrecadados US$ 1,4 mil para custos com veterinário.
O site permite ainda que doadores que preferirem se manter anônimos tenham como acompanhar o que aconteceu com as pessoas que receberam as doações, depois das cirurgias e tratamentos, por meio de atualizações publicadas na página de cada um.
Fonte IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário