Estima-se que entre 400 mil e 500 mil mulheres usem esses implantes
O grupo químico alemão Brenntag confirmou ter vendido silicone industrial aos fabricantes de implantes mamários Poly Implant Prothèse (PIP), informou nesta segunda-feira (2) a emissora francesa "RTL".
A estimativa é que entre 400 mil e 500 mil mulheres usem esses implantes, possivelmente cancerígenos, no mundo todo.
O advogado da PIP, Yves Haddad, desmentiu qualquer utilização de silicone industrial nos implantes, acrescentou a "RTL".
Desde que o escândalo das próteses começou em 2010, é a primeira vez que se conhecem detalhes sobre o conteúdo dos implantes.
Na sexta-feira passada, as autoridades sanitárias francesas anunciaram que 20 mulheres usuárias dessas próteses declaram ter câncer.
Embora não tenha estabelecido por enquanto "nenhum vínculo" entre esses casos de câncer e os implantes, a Agência Francesa de Segurança Sanitária e Produtos da Saúde lembrou os riscos para a saúde de seu elevado índice de ruptura.
Segundo a "RTL", a "surpreendente mistura" contida nos implantes incluía produtos encomendados a fabricantes de produtos industriais e químicos, entre eles um aditivo para carburantes, cuja eventual nocividade nunca foi provada clinicamente em um organismo.
A filial francesa da Brenntag, grande distribuidora mundial de produtos químicos, forneceu silicone industrial (Baysilone) à empresa francesa, detalhou a emissora. Este produto, junto com outros óleos de silicone, destruía o envoltório das próteses mamárias e provocavam sua ruptura, acrescentou.
O Governo francês recomendou a retirada das próteses PIP das 30 mil mulheres operadas na França com estes implantes e se comprometeu a custear as operações. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou que vai cancelar o registro das próteses mamárias da empresa francesa.
Além do cancelamento do registro, a Anvisa determinou o recolhimento das próteses que ainda estão em posse da importadora do produto.
Fonte R7
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