Mecanismos reguladores perdem eficiência com o avanço da idade, prejudicando a percepção de sede
A chegada do verão sugere atenção extra com os idosos, que ficam mais suscetíveis a sentir os efeitos da estação no organismo. Isso porque, conforme explica a médica Renata Zobaran, os mecanismos reguladores do organismo funcionam com menos eficiência com o avançar da idade e a percepção da sede e detecção de falta de água corporal ficam prejudicadas. Assim, pessoas de mais idade ficam desidratadas com mais facilidade.
— A desidratação é uma situação grave, principalmente para os idosos, e pode ser provocada por altas temperaturas, pouca ventilação no ambiente, alta umidade relativa do ar ou mesmo um vestuário inadequado que provoque aumento da transpiração — explica a médica.
Segundo Renata, merecem atenção o uso de medicamentos que induzem ao aumento do volume urinário, a função renal diminuída e a incontinência urinária, que podem aumentar o risco de desidratação entre os idosos.
Confusão mental é uma das consequências possíveis da desidratação e pode trazer sérias complicações, já que as células do cérebro estão entre as mais propensas a ficarem desidratadas. A redução do líquido corporal pode provocar graves lesões também nos rins e no fígado. Além disso, a pressão arterial pode cair, causando tontura e facilitando as quedas, o que agravaria ainda mais o quadro.
O que fazer
De acordo com a nutricionista Ana Elisa de Paula Brandão, nos casos menos graves, a pessoa deve se hidratar com muito líquido, bebidas isotônicas, água de coco e soro caseiro. A orientação é beber, pelo menos, de oito a dez copos de líquido por dia. Alimentação leve, sem frituras, gorduras, açúcares e condimentos é outra recomendação.
O que não fazer
A especialista alerta que refrigerantes, águas saborizadas e sucos artificiais não reidratam, apenas fornecem aditivos químicos e açúcar ao organismo.
— A cafeína, presente em bebidas a base de cola e guaraná, assim como bebidas alcoólicas, estimula a perda de líquidos, favorecendo a desidratação — completa Ana Elisa.
Fonte Zero Hora
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