Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 26 de junho de 2012

Fatores de riscos devem ser abordados com pacientes crônicos

Em post, blogueiro alerta para a relevância de informar ao público sobre as possíveis complicações que determinadas patologias podem causar e como impedir que evoluam para um quadro mais sério

Por Alberto Ogata

O envelhecimento da população traz uma conseqüência importante: a medida que o tempo passa, as pessoas vão acumulando mais fatores de risco em saúde que são decorrentes, em geral, do estilo de vida. Muitas vezes as pessoas estão obesas, são pouco ativas e se alimentam mal. Consequentemente, podem apresentar síndrome metabólica, colesterol elevado, hipertensão arterial e hiperglicemia.Esta realidade traz um grande desafio para os profissionais de saúde sobre como abordar estes indivíduos e lidar com a barreira da não aderência às medidas de educação e aconselhamento. Frequentemente, os profissionais de saúde alegam falta de tempo e de treinamento para realizar um aconselhamento adequado.Apesar do amplo reconhecimento da literatura científica do impacto da mudança de estilo de vida para reduzir o risco de doenças crônicas a recente pesquisa VIGITEL do Ministério da Saúde mostrou que somente 20% dos brasileiros fazem a ingestão adequada de frutas, verduras e hortaliças e 30% realizam atividade física no lazer.

Um estudo randomizado-controlado publicado em maio de 2012 pela revista Archives of Internal Medicine demonstrou que é possível abordar os pacientes com múltiplos fatores de risco utilizando tecnologia de dispositivos móveis, aconselhamento (“coaching”) a distância e incentivos. As principais modificações que potencializaram a melhoria do estilo de vida foram o aumento de ingestão de frutas e vegetais e a redução do tempo de lazer sedentário. Estas duas medidas foram mais poderosas do que a orientação dietética tradicional com redução de calorias ou de atividades aeróbicas (fitness). Após a conclusão do follow-up de cinco meses, 86% dos participantes estavam procurando manter as suas metas e mudanças.

Uma especial atenção também deve ser dada também à hiperglicemia (6,1 a7.0 mmol/L) que está associada a um risco aumentado não só de diabetes, mas também de outras complicações associadas (alterações vasculares, nefropatias e neuropatias). Sabe-se que a cada ano, 10% das pessoas com hiperglicemia migram para o estado diabético. Neste contexto, a primeira linha de abordagem é a mudança de estilo de vida, particularmente com a redução do peso corporal e da inatividade física. O uso de medicamentos ainda sofre alguma controvérsia e seu uso deve ser individualizado. Na edição de 16 de junho de 2012 da revista Lancet se demonstrou que as pessoas com pré-diabetes que mantém seu nível normal de glicemia têm risco 56% menor de desenvolver diabetes. Talvez a capacidade do indivíduo a voltar ao seu nível normal de glicemia com a mudança de estilo de vida seja uma maneira diferencial de avaliar o seu risco de desenvolver diabetes.

Estes estudos recentes comprovam a importância da abordagem efetiva dos fatores de risco para doenças crônicas e a importância do seu constante monitoramento.

Fonte SaudeWeb

Nenhum comentário:

Postar um comentário