As queixas de doentes não param de chegar. Faltam nas farmácias medicamentos como o Hydrocortone, um corticóide oral; o Sinemet para a Parkinson; o Symbicort para a asma; ou o Levemir, insulina para diabéticos; e o Sustanon, testosterona injectável para tratar a infertilidade. E ao que o CM apurou, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, quer que a autoridade do medicamento, o Infarmed, saiba o que se está a passar.
Por isso, laboratórios, armazenistas e farmácias estão a ser alvo de inspecção. Há fortes suspeitas de que, devido à redução dos preços dos medicamentos, imposta pelo Governo, os laboratórios e armazenistas estejam a exportar para o estrangeiro, deixando o mercado nacional com falhas graves nos stocks.
Nas farmácias, devido às reduções das margens de lucro, também impostas pelo Governo, há fortes suspeitas de que não estejam a cumprir a lei que obriga à existência em stock de três medicamentos do grupo dos cinco mais baratos com a mesma substância activa. Entre Junho de 2011 e Abril de 2012, devido à exportação ilegal de medicamentos, o Infarmed instaurou 66 processos de contra-ordenação a armazenistas e farmácias.
As multas totalizaram mais de 500 mil euros. Jorge Torgal, presidente do Infarmed, já sugeriu um aumento do valor das multas, uma vez que a crise tende a favorecer este tipo de cenários.
Fonte Correio da Manhã
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