Representantes dos conselhos regionais de Medicina percorreram 43 cidades com piores IDH para avaliar saúde local
A Caravana Nacional da Saúde 2012 fez uma avaliação da saúde pública junto à população de algumas das regiões com piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. O trabalho, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e conselhos regionais de Medicina (CRMs) de vários estados, demorou dois meses para ser concluído.
Representantes dos CRMs percorreram, no período de abril a maio deste ano, 43 cidades com piores IDH para avaliar as condições locais das unidades de saúde, fiscalizar hospitais e buscar junto à comunidade as percepções sobre a qualidade de vida.
Todos os dados coletados farão parte de um relatório, que será enviado aos gestores públicos e disponibilizado aos cidadãos.
Pelas fiscalizações e pelo depoimento de profissionais e pacientes, as caravanas confirmaram que o investimento em saúde não é prioridade na maioria dos municípios. Isso fez com que a avaliação da população para os serviços disponíveis fosse baixa. A média geral para a saúde foi 5.29 (numa escala de zero a 10). A maior nota para a saúde foi obtida em Mato Grosso (7.30) e a pior no Espírito Santo (2.07).
Entre os municípios, Pedro Canário, no Espírito Santo, que possui 24 mil habitantes, teve a pior média relatada pela comunidade: 1,5. Já a mais alta foi obtida em Lati, município pernambucano, que apresentou pontuação de 8,1.
Segundo o conselheiro Ricardo Paiva, a fiscalização evidenciou a necessidade de prover maior número de médicos em municípios de menor população e a criação da Carreira de Estado de médico nos moldes do Ministério Público e do Poder Judiciário. O modelo prevê dedicação exclusiva (40 horas semanais) e exige dos gestores a responsabilidade de oferecer as condições necessárias ao bom exercício da Medicina, como infraestrutura física, insumos, equipe de apoio e acesso facilitado a exames.
Fonte isaude.net
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