Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mais um passo em direção à capacidade de transformação das células tronco

Nova compreensão pode permitir a preparação de células em laboratório para o tratamento de doenças degenerativas

Pesquisa divulgada esta semana pela Universidade Hebraica de Jerusalém lança luz sobre a capacidade da pluripotência(habilidade das células-tronco embrionárias de se renovar indefinidamente e se transformar em todos os tipos de célula do corpo humano).

Encontrar este caminho é um dos maiores desafios da biologia moderna e poderia acelerar o uso de células-tronco embrionárias em terapia celular e medicina regenerativa. Se os cientistas conseguirem replicar os mecanismos que possibilitam a pluripotência, eles poderiam criar células para curar doenças caracterizadas por morte celular, tais como o Alzheimer, Parkinson, diabetes e outras doenças degenerativas.

Com este objetivo, os investigadores do Department of Genetics at the Hebrew University's Alexander Silberman Institute of Life Sciences, liderados pelo doutor Eran Meshorer, estão combinando abordagens moleculares, microscópicas e genômicas. A equipe focou as vias epigenéticas, que causam mudanças biológicas sem uma mudança correspondente na sequência de DNA.

A base molecular para mecanismos epigenéticos é a cromatina. Em estudo inédito realizado por Shai Melcer, doutorando do laboratório de Meshorer, os pesquisadores descobriram que a cromatina é menos condensada em células-tronco embrionárias, permitindo-lhes a flexibilidade ou "plasticidade funcional" para se transformar em qualquer tipo de célula.

Um padrão distinto de modificações químicas das proteínas estruturais da cromatina (referido como o acetilação e metilação de histonas) permite que esta configuração seja mais flexível em células estaminais embrionárias.

Os autores descobriram, ainda, que uma proteína nuclear, a lâmina A, é uma parte importante deste segredo. Em todos os tipos de células diferenciadas, a lâmina A liga domínios compactadas de cromatina ancorando-os ao núcleo da célula. A Lâmina A está ausente em células estaminais embrionárias, o que permite uma maior flexibilidade da cromatina no núcleo da célula. Os autores acreditam que a plasticidade da cromatina é equivalente a plasticidade funcional uma vez que a cromatina é composta de DNA que inclui todos os genes e códigos para todas as proteínas em qualquer célula viva. Compreender os mecanismos que regulam a função da cromatina permitirá manipulações inteligentes de células-tronco embrionárias no futuro.

"Se conseguirmos aplicar esta nova compreensão sobre os mecanismos que dão às células-tronco embrionárias sua flexibilidade, então poderemos aumentar ou diminuir a dinâmica das proteínas que se ligam ao DNA e, assim, aumentar ou diminuir o potencial de diferenciação das células", conclui Meshorer. "Isto pode acelerar a utilização de células estaminais embrionárias em terapia celular e medicina regenerativa, permitindo a criação de células que poderiam ser implantadas em seres humanos para curar doenças caracterizadas por morte celular."

Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário