Breno Riegel Santos observa que, apesar de menos casos em 2012 do que em 2009, doença atingiu índice de mortalidade maior
Especialista em infectologia pela Sociedade Brasileira de Infectologia, Breno Riegel Santos é formado em Medicina há 35 anos. Em 1984, fundou o Serviço de Infectologia do Hospital Conceição, e, desde então, chefia a equipe, que hoje conta com sete médicos e nove residentes.
Interessado em doenças infecciosas, seu foco de pesquisa está voltado para questões relacionados ao HIV, mas tem o tratamento em doenças como a gripe no seu dia a dia. Ele salienta que neste ano, apesar de a ocorrência dos casos ser menor do que durante a pandemia de 2009, o índice de mortalidade tem sido maior: entre 10% e 12% dos casos confirmados.
— Nesta semana está ocorrendo diminuição de casos, tendendo a estabilizar a epidemia e consequente esgotamento dos suscetíveis — diz o infectologista.
Santos esteve entre os contaminados em 2009, tomou o Tamiflu e no dia seguinte estava curado. Foi justamente o fato de saber da existência de um remédio eficiente que o tranquilizou. Confira abaixo o que Santos pensa sobre a doença:
Em 2009
Acertos— A divulgação em tempo real dos casos, sem influência política para mascarar a gravidade da epidemia que assolou o Brasil naquele ano;
— O reconhecimento pela população e pela imprensa de que a gripe é grave e é diferente de resfriados;
— Adoção de contêineres e barracas para atendimento das pessoas antes da entrada no hospital, o que diminuiu o contágio da população.
Santos esteve entre os contaminados em 2009, tomou o Tamiflu e no dia seguinte estava curado. Foi justamente o fato de saber da existência de um remédio eficiente que o tranquilizou. Confira abaixo o que Santos pensa sobre a doença:
Em 2009
Acertos— A divulgação em tempo real dos casos, sem influência política para mascarar a gravidade da epidemia que assolou o Brasil naquele ano;
— O reconhecimento pela população e pela imprensa de que a gripe é grave e é diferente de resfriados;
— Adoção de contêineres e barracas para atendimento das pessoas antes da entrada no hospital, o que diminuiu o contágio da população.
Erros— A restrição do uso de Oseltamivir (Tamiflu) apenas para casos graves, quando o correto é iniciar o tratamento antes do agravamento;
— Não ter vacina;
— O Estado é inerte e lento em elaborar políticas públicas. Naquela época, como não existia a vacina, as pessoas deveriam ter recebido uma carta em casa – ou na conta de luz, por exemplo — alertando sobre a gravidade da situação.
Em 2012
Acertos— O Ministério da Saúde abasteceu os Estados com quantidade suficiente de antiviral e o acesso ao medicamento foi ampliado, podendo ser receitado por médicos das redes públicas e privadas, com distribuição gratuita;
— Vacinação, pelo menos, à parte da população. Segundo o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, um quarto dos gaúchos foi vacinado.
Erros— A liberação gratuita apenas em farmácias distritais dificulta a obtenção do medicamento, já que as pessoas desconhecem a localização delas;
— Número restrito de vacinas, com consequente limitação de doses a grupos etários específicos e grupos de risco;
— Disseminação, inclusive, por médicos, de que a vacina seria perigosa e desnecessária.
O futuro
Em 2012
— O tratamento com Tamiflu precisa ser iniciado aos primeiros sintomas de febre acima de 38°C, dores musculares etc.;
— Caso haja dose disponível da vacina, deve ser utilizada;
— Algumas das recomendações para evitar contágio podem ser prejudiciais. Abrir bem as janelas de um ônibus, por exemplo, em um dia frio faz mais mal do que bem.
Em 2013
— A Região Sul precisa ter 80% das doses da vacina distribuídas no país, já que tem 80% dos casos confirmados de H1N1;
— Toda a população deve ser vacinada, visto que os que estão adoecendo são os que não foram imunizados;
— Divulgação mais efetiva de onde se localizam as farmácias distritais, através de cartazes e da imprensa.
— Não ter vacina;
— O Estado é inerte e lento em elaborar políticas públicas. Naquela época, como não existia a vacina, as pessoas deveriam ter recebido uma carta em casa – ou na conta de luz, por exemplo — alertando sobre a gravidade da situação.
Em 2012
Acertos— O Ministério da Saúde abasteceu os Estados com quantidade suficiente de antiviral e o acesso ao medicamento foi ampliado, podendo ser receitado por médicos das redes públicas e privadas, com distribuição gratuita;
— Vacinação, pelo menos, à parte da população. Segundo o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, um quarto dos gaúchos foi vacinado.
Erros— A liberação gratuita apenas em farmácias distritais dificulta a obtenção do medicamento, já que as pessoas desconhecem a localização delas;
— Número restrito de vacinas, com consequente limitação de doses a grupos etários específicos e grupos de risco;
— Disseminação, inclusive, por médicos, de que a vacina seria perigosa e desnecessária.
O futuro
Em 2012
— O tratamento com Tamiflu precisa ser iniciado aos primeiros sintomas de febre acima de 38°C, dores musculares etc.;
— Caso haja dose disponível da vacina, deve ser utilizada;
— Algumas das recomendações para evitar contágio podem ser prejudiciais. Abrir bem as janelas de um ônibus, por exemplo, em um dia frio faz mais mal do que bem.
Em 2013
— A Região Sul precisa ter 80% das doses da vacina distribuídas no país, já que tem 80% dos casos confirmados de H1N1;
— Toda a população deve ser vacinada, visto que os que estão adoecendo são os que não foram imunizados;
— Divulgação mais efetiva de onde se localizam as farmácias distritais, através de cartazes e da imprensa.
Principais sintomas da gripe A:
- Tosse e espirros
- Fortes dores no corpo, na cabeça e na garganta
- Febre alta,acima de 38°C
- Pode haver náuseas, vômitos e diarreia
- Falta de ar
- Tosse e espirros
- Fortes dores no corpo, na cabeça e na garganta
- Febre alta,acima de 38°C
- Pode haver náuseas, vômitos e diarreia
- Falta de ar
Para prevenir a contaminação, é aconselhado:
- Higienizar as mãos com frequência, principalmente após tossir ou espirrar
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
- Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal
- Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social
- Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração
- Ventilar os ambientes
Fonte Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário