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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Por que as mulheres vivem mais

Além de cuidarem mais da própria saúde, especialistasdizem que elas recebem uma ajudinha extra da evolução superar oshomens em longevidade. Saiba mais

Nascem mais homens do que mulheres no mundo, mas eles morrem antes. Uma afirmação fácil de ser confirmada – basta olhar as taxas de natalidade e de expectativa de vida de países mundo afora. Para cada 105 homens, nascem 100 mulheres.

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 revelaram que a expectativa de vida do brasileiro está em 73,4 anos, sendo que para os homens ela é de 69,7 e para as mulheres chega a 77,3. Sim, são quase oito anos a mais. E não para por aí: mesmo com os riscos impostos pela gravidez e pelo parto, as mulheres vêm vivendo mais que os homens pelo menos desde o século 16.

O geriatra Ângelo José Gonçalves Bós, do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, afirma que assim que começa a puberdade os homens se colocam mais em risco do que as mulheres, o que contribui para essa diferença na longevidade.

“Eles brigam mais na rua, envolvem-se em acidentes de carro e moto. As mortes por lesões, por exemplo, são mais comuns em homens até os 50 anos”, diz o médico.

Mas a partir dessa idade a situação não melhora para os homens. Enquanto eles morrem de doenças como infarto, AVC e câncer, elas convivem mais com enfermidades não-fatais como artrite, osteoporose e diabetes.

“O fato é que as doenças que atingem mais os homens causam maior mortalidade.”

Envelhecimentos distintos
Homens e mulheres envelhecem de forma diferente. Enquanto nos homens o envelhecimento dá ao longo da vida, nas mulheres ele ocorre de forma mais acelerada após a menopausa, segundo explica o geriatra Ângelo Bós.

A menopausa, aliás, seria outro fator determinante na expectativa de vida das mulheres. Pelo menos é no que acredita o geriatra Thomas Perls, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard (Estados Unidos).

De acordo com Perls, a longevidade feminina dependeria, em muito, do equilíbrio entre duas forças: o impulso evolutivo para passar adiante seus genes e a necessidade de se manter saudável o suficiente para criar tantos filhos quanto possível. E a menopausa, acredita ele, traça uma linha divisória entre elas, protegendo as mulheres mais velhas do risco de terem filhos em idades muito avançadas e ao mesmo tempo permitindo que elas vivam o suficiente para cuidar de seus filhos e netos.

Mas como uma vida longa não significa necessariamente uma existência mais saudável, o principal fator que contribui para que as mulheres vivam mais é mesmo o cuidado que elas têm com a própria saúde. Elas costumam procurar ajuda médica com mais frequência do que os homens, e tratam suas doenças mais precocemente.

Apesar dos costumes femininos cada vez mais se aproximarem dos masculinos – o estresse no trabalho e a preocupação em manter financeiramente uma família não são mais exclusividade masculina –, nota-se ainda uma maior preocupação da mulher com a estética e com a própria saúde, ressalta Marcos Höher, ginecologista e especialista em reprodução humana do Centro de Pesquisa e Reprodução Humana Nilo Frantz.

“A mulher é mais dedicada aos cuidados alimentares, frequenta com maior assiduidade os consultórios médicos, principalmente para fazer revisões periódicas de saúde”.

Fonte iG

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