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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Esclerose múltipla

Definição
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso central).

Nomes alternativos

EM; Esclerose disseminada


 


Esclerose múltipla

Causas, incidência e fatores de risco

A esclerose múltipla (EM) afeta mais mulheres do que homens. A doença geralmente começa entre 20 e 40 anos, mas pode desenvolver-se em qualquer idade.
A EM é causada por dano à bainha de mielina, cobertura protetora que envolve as células nervosas. Quando esse revestimento protetor é danificado, os impulsos nervosos diminuem ou são interrompidos.
A EM é uma doença progressiva, o que significa que o dano ao nervo (neurodegeneração) piora com o tempo. A velocidade com que a EM se agrava varia de pessoa para pessoa.
O dano ao nervo é causado pela inflamação. A inflamação ocorre quando as células autoimunes do corpo atacam o sistema nervoso. Episódios repetidos de inflamação podem ocorrer em qualquer área do cérebro ou da medula espinhal.
Os pesquisadores não sabem com certeza o que desencadeia a inflamação. As teorias mais comuns apontam para um vírus ou defeito genético, ou para uma combinação de ambos.


Foto: ADAM
Mielina é a camada que se forma em torno dos nervos. Seu objetivo é acelerar a transmissão de impulsos ao longo das células nervosas

A EM ocorre mais frequentemente no norte da Europa, no norte dos Estados Unidos, no sul da Austrália e na Nova Zelândia do que em outras regiões. Os estudos geográficos indicam que pode haver um fator ambiental envolvido.
As pessoas com um histórico familiar de EM e aqueles que vivem em zonas geográficas com maior taxa de incidência de EM têm um risco maior de desenvolver a doença.

Sintomas

Os sintomas podem variar porque a localização e a gravidade de cada ataque podem ser diferentes. Os episódios podem durar dias, semanas ou meses. Esses episódios se alternam com períodos de sintomas reduzidos ou assintomáticos (remissão).
Febre, banhos quentes, exposição ao sol e estresse podem desencadear ou piorar os ataques.
É comum que a doença retorne (recaída). Contudo, a doença pode continuar a piorar sem períodos de remissão.
Como os nervos de qualquer parte do cérebro ou da medula espinhal podem ser danificados, os pacientes com esclerose múltipla podem ter sintomas em muitas partes do corpo.


Sintomas musculares:
  • Perda de equilíbrio
  • Espasmos musculares
  • Dormência ou sensação anormal na zona
  • Problemas para movimentar braços e pernas
  • Dificuldade para andar
  • Problemas de coordenação e para fazer pequenos movimentos
  • Tremor em um ou mais membros
  • Fraqueza em um ou mais membros
Sintomas da bexiga e do intestino:
  • Constipação e incontinência fecal
  • Dificuldade para começar a urinar
  • Necessidade frequente de urinar
  • Forte vontade de urinar
Sintomas nos olhos:
  • Visão dupla
  • Incômodo nos olhos
  • Movimentos rápidos dos olhos incontroláveis
  • Perda de visão (geralmente afeta um olho de cada vez)
Dormência, formigamento ou dor
  • Dor facial
  • Espasmos musculares dolorosos
  • Formigamento ou ardência de braços e pernas

Outros sintomas nervosos ou do cérebro:
  • Atenção e capacidade de julgamento diminuídas, perda de memória
  • Dificuldade para raciocinar e resolver problemas
  • Depressão ou sentimentos de tristeza
  • Tontura e problemas de equilíbrio
  • Perda de audição

Sintomas sexuais:
  • Problemas de ereção
  • Problemas com a lubrificação vaginal

Sintomas da fala e da deglutição:
  • Fala arrastada ou difícil de entender
  • Dificuldade para mastigar e engolir
A fadiga é um sintoma comum e incômodo à medida que a EM progride. Muitas vezes piora no fim da tarde.

Sinais e testes

Os sintomas da EM podem imitar os de muitas doenças do sistema nervoso central. A doença é diagnosticada com a exclusão de outras doenças.



Foto: ADAM
Ressonância magnética do cérebro

As pessoas com uma forma de EM chamada surto-remissão podem ter um histórico de pelo menos dois ataques separados por um período de sintomas reduzidos ou assintomáticos.
O médico pode suspeitar de EM se houver diminuição na função de duas partes diferentes do sistema nervoso central (como reflexos anormais) em dois momentos diferentes.
O exame neurológico pode mostrar uma função nervosa reduzida em uma ou em várias partes do corpo.

Isso pode incluir:
  • Reflexos nervosos anormais
  • Capacidade diminuída de movimentar uma parte do corpo
  • Sensação diminuída ou anormal
  • Outra perda de funções do sistema nervoso

Um exame dos olhos pode mostrar:
  • Respostas anormais das pupilas
  • Alterações do campo visual ou dos movimentos dos olhos
  • Menor acuidade visual
  • Problemas com as partes internas do olho
  • Movimentos rápidos dos olhos desencadeados ao mover os olhos

Os exames para diagnosticar a esclerose múltipla incluem:
  • Punção lombar para examinar o fluido cerebroespinhal
  • Ressonância magnética do cérebro e da espinha são importantes para ajudar a diagnosticar e acompanhar a doença
  • Estudo da função dos nervos

Tratamento

Atualmente, não existe cura conhecida para a esclerose múltipla. Porém, existem terapias que podem diminuir a velocidade de progressão da doença. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas e ajudar a manter uma qualidade de vida normal.

Os medicamentos usados para diminuir a progressão da esclerose múltipla devem ser tomados a longo prazo e incluem:
  • Interferons, acetato de glatirâmero, mitoxantrona e natalizumab são aprovados para o tratamento de EM
  • Metotrexato, azatioprina, imunoglobulina intravenosa e ciclofosfamida também podem ser utilizados caso as drogas acima não sejam eficazes
Os esteroides podem ser usados para diminuir a gravidade dos ataques.

Os medicamentos para controlar os sintomas podem incluir:
  • Medicamentos para reduzir os espasmos musculares, como baclofeno, tizanidina ou uma benzodiazepina
  • Medicamentos colinérgicos para reduzir os problemas urinários
  • Antidepressivos para sintomas de humor e comportamento
  • Amantadina para fadiga

As seguintes medidas podem ajudar os pacientes com EM:
  • Fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e grupos de apoio
  • Aparatos de assistência, como cadeiras de rodas, levantadores de cama, cadeiras para o banho, andadores e corrimãos
  • Um programa planejado de exercícios no início do curso da doença
  • Um estilo de vida saudável, com boa alimentação e repouso e relaxamento suficientes
  • Evitar fadiga, estresse, temperaturas extremas e outras doenças
Adaptações domésticas para garantir a segurança e a facilidade de movimento na casa são muitas vezes necessárias.

Evolução (prognóstico)

O prognóstico varia e é difícil de prever. Embora a doença seja crônica e incurável, a expectativa de vida pode ser normal ou quase normal. A maior parte das pessoas com EM continua andando e trabalhando com uma deficiência mínima durante 20 anos ou mais.

Normalmente, as pessoas com melhores prognósticos são:
  • Mulheres
  • Pessoas que eram jovens (menos de 30 anos) no início da doença
  • Pessoas com ataques pouco frequentes
  • Pessoas com um padrão de surto-remissão
  • Pessoas nas quais a doença se mostra limitada nos exames de imagem

O grau de deficiência e desconforto dependem:
  • Da frequência dos ataques
  • De sua gravidade
  • Da parte do sistema nervoso central afetada em cada ataque
A maior parte das pessoas volta à função normal ou praticamente normal entre os ataques. Lentamente, há uma perda maior de função com menos melhoras entre os ataques. Com o tempo, muitos precisam de uma cadeira de rodas para se movimentar e têm mais dificuldade para se transferir da cadeira.
As pessoas que contam com um sistema de suporte, muitas vezes, conseguem permanecer em suas casas.

Complicações

  • Dificuldade de deglutição
  • Dificuldade de raciocinar
  • Capacidade cada vez menor de cuidar de si mesmo
  • Necessidade de um cateter permanente
  • Osteoporose ou afinamento dos ossos
  • Escaras (úlceras de pressão)
  • Efeitos colaterais dos medicamentos usados para tratar a doença
  • Infecções do trato urinário

Ligando para o médico

Ligue para seu médico se:
  • Você desenvolver sintomas da EM
  • Os sintomas piorarem, mesmo com o tratamento
  • A doença piorar na medida em que o cuidado doméstico deixe de ser factível
Fonte iG

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