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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Competição entre duas regiões do cérebro determina escolhas saudáveis

Pesquisa detalha processos neurais que competem durante momentos de decisão e que determinam o que uma pessoa come
 
Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA, descobriram que a competição entre duas regiões do cérebro influencia a capacidade de fazer escolhas por alimentos saudáveis.
 
A pesquisa identifica os processos neurais que trabalham durante a auto-regulação e que determinam o que uma pessoa ingere.
 
"Descobrimos que temos sistemas independentes capazes de orientar nossas decisões e, em situações de escolha alimentar, estes sistemas podem competir pelo controle do que fazemos. Em muitos casos, estes sistemas guiam o comportamento na mesma direção, então não há nenhum conflito entre eles. Mas, em outros casos, como na luta para resistir à tentação de comer um bolo de chocolate, eles podem orientar o comportamento em direções diferentes. O resultado da decisão parece depender de qual dos dois sistemas assume o controle do comportamento", afirma a líder da pesquisa Cendri Hutcherson.
 
Pesquisas anteriores mostram que as pessoas tomam decisões atribuindo diferentes valores para diversas opções. Para tomar suas decisões, as pessoas a selecionam a opção com o valor mais alto. Segundo os pesquisadores, uma questão controversa, que este estudo foi projetado para resolver, é se há um valor único no cérebro, ou se existem valores múltiplos com propriedades diferentes que competem pelo controle do comportamento.
 
De acordo com a hipótese de um único valor, a capacidade de dizer não a um alimento não saudável depende apenas de um sistema que compara valores como salubridade e bom gosto. Mas a hipótese de valor múltiplo sugere que existem diferentes sistemas que processam diferentes valores. A capacidade de dizer não ao bolo depende, portanto, se o cérebro pode ativar o sistema adequado, o que leva em conta a salubridade. Se você não quiser o bolo, isso significa que você coloca um valor maior na saúde do que no bom gosto e seu cérebro age de acordo com isso.
 
O estudo
Os pesquisadores pediram a 26 voluntários que ficassem sem comer durante quatro horas antes de serem testados. Durante o experimento, um exame de ressonância magnética funcional (fMRI) foi usado para medir a atividade cerebral dos participantes enquanto eles decidiram famintos quanto estavam dispostos a pagar por lanches diferentes, que foram mostrados em uma tela de computador.
 
Os itens, incluindo alimentos como batatas fritas e legumes, variaram em sabor e ' saudabilidade' . Os indivíduos foram explicitamente solicitados para fazer as suas escolhas em uma de três condições: ao tentar suprimir seu desejo de ingerir certo alimento; enquanto tentavam aumentar seu desejo de ingerir um alimento; ou agindo normalmente.
 
Depois de um período de quatro segundos, os participantes lançaram as propostas reais para comprar os itens que refletiam o valor que eles deram à comida.
 
Os pesquisadores descobriram que a atividade em duas áreas diferentes do cérebro se correlacionaram com o quanto os participantes disseram que queriam um item, conforme o indicado por suas propostas. As duas regiões foram o córtex pré-frontal dorsolateral (CPFDL), que fica atrás das têmporas e o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC), que se localiza no meio da testa acima dos olhos.
 
Eles notaram que as duas áreas desempenharam papeis muito diferentes no processo de auto-regulação. Quando os voluntários disseram não querer um alimento, a CPFDL parecia tomar o controle. Quando os voluntários encorajavam-se a querer determinada comida, no entanto, o papel de cada região do cérebro se invertia. O vmPFC assumiu o controle, enquanto os sinais no CPFDL pareciam não ter efeito.
 
Os pesquisadores também descobriram que a capacidade do cérebro de mudar de controle entre estas duas áreas não foi instantânea. Demorou alguns segundos antes que o cérebro fosse plenamente capaz de ignorar a região em conflito.
 
"Esta pesquisa sugere uma razão pela qual é tão difícil de controlar o comportamento e fazer escolhas saudáveis", concluem os autores.

 
Fonte isaude.net

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