
Os pacientes das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) de oito hospitais da rede própria da Secretaria de Estado de Saúde (SES) contarão em breve com atendimento odontológico diário. O objetivo é reduzir a proliferação de bactérias que surgem por conta da falta de higienização bucal e que podem contaminar não somente o paciente, mas também toda a UTI.
O projeto já começou no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, e está capacitando dentistas, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais que já trabalham nessas UTIs para realizarem o atendimento de forma contínua e constante.
A ideia é criar um protocolo único de atendimento que será implementado em todas as demais unidades da rede pública de saúde do Estado. O tamanho das equipes de cada hospital será definido de acordo com a capacidade da UTI.
Um estudo do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, mostrou que o tratamento odontológico em pacientes transplantados internados em UTIs reduziu em até cinco dias o tempo de internação desses pacientes na unidade. O atendimento ajuda a evitar o aparecimento de infecções como pneumonia, por exemplo, doença que frequentemente acomete pacientes internados em UTI e que, muitas vezes, pode levá-los à morte.
A pneumonia nosocomial é a segunda maior causa de infecções dentro de UTIs em todo o mundo. Além da doença, outros problemas associados à má higiene bucal, como a endocardite bacteriana ou infecciosa e a cárie dental, são comuns nesses pacientes.
Tratamento odontológico em todo o SUS
A Câmara Federal está analisando projeto de lei que obriga hospitais públicos e a rede credenciada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a manter um setor permanente destinado à prestação de serviços gratuitos odontológicos.
A rede pública estadual de saúde do Rio de Janeiro já oferece em todas as suas unidades e também na maioria das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) atendimento odontológico gratuito, inclusive nas emergências.
Fonte SaudeWeb
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