
De acordo com Assumpto Iaconelli, especialista em reprodução humana, na falta de leis abrangentes, que regulamentem todos os aspectos envolvidos no processo de fertilização assistida, cabe a cada clínica estipular com bom senso, por exemplo, a idade máxima para uma paciente receber os óvulos.
“Na minha opinião, a partir dos 50 anos não se deve mais considerar engravidar por técnicas de reprodução assistida. Não apenas porque essa paciente estará entrando na terceira idade quando o filho ou filha estiver ingressando na adolescência, mas por questões de saúde também. Quanto maior a idade da gestante, proporcionalmente maiores são os riscos para ela e o bebê. É preciso levar em conta que a reprodução humana assistida tem um caráter benéfico, de viabilizar a formação da família evitando qualquer malefício aos envolvidos”, diz o médico.
Enquanto a Bioética e o Direito avançam no sentido de regulamentar as novas situações apresentadas pela Medicina Reprodutiva, a Ciência continua evoluindo. Pesquisadores britânicos e norte-americanos estão trabalhando em conjunto para serem os primeiros do mundo a produzir óvulos maduros a partir de células-tronco isoladas de tecido ovariano humano. O objetivo final é gerar um suprimento ilimitado de óvulos humanos, capazes de revolucionar a fertilização in vitro e fazer com que o período fértil feminino seja tão extenso quanto o masculino.
Outra possibilidade acalentada pelos cientistas é rejuvenescer os ovários de mulheres mais velhas. Nos últimos 50 anos, pesquisadores e médicos acreditavam existir um número limitado de óvulos, que não podiam ser renovados, revigorados ou reimplantados. Mas, de acordo com estudo desenvolvido por Jonathan Tilly, professor e pesquisador da Harvard University, as células-tronco existentes no ovário humano podem ser estimuladas em laboratório, resultando em células de óvulos imaturos. Num futuro próximo, isso revolucionará a medicina reprodutiva.
Para Assumpto Iaconelli, enquanto as novas descobertas são acompanhadas com admiração e otimismo, por outro lado há que se refletir sobre os limites do bom senso que devem se impor às inúmeras possibilidades da ciência. “No Brasil, somos regidos pela Resolução 1.957/2010, que considera a infertilidade como um problema de saúde em sentido amplo, mas proíbe a fecundação de ovócitos humanos com objetivo de investigação científica, por exemplo. Certamente, as evoluções da ciência deverão ser acompanhadas de perto pela Bioética e pelo Direito, provando para a sociedade não haver qualquer tipo de risco à mãe e ao bebê, além de conciliar questões que resvalam no bom senso, na ética, na religiosidade e na justiça”.
Fonte Corposaun
Outra possibilidade acalentada pelos cientistas é rejuvenescer os ovários de mulheres mais velhas. Nos últimos 50 anos, pesquisadores e médicos acreditavam existir um número limitado de óvulos, que não podiam ser renovados, revigorados ou reimplantados. Mas, de acordo com estudo desenvolvido por Jonathan Tilly, professor e pesquisador da Harvard University, as células-tronco existentes no ovário humano podem ser estimuladas em laboratório, resultando em células de óvulos imaturos. Num futuro próximo, isso revolucionará a medicina reprodutiva.
Para Assumpto Iaconelli, enquanto as novas descobertas são acompanhadas com admiração e otimismo, por outro lado há que se refletir sobre os limites do bom senso que devem se impor às inúmeras possibilidades da ciência. “No Brasil, somos regidos pela Resolução 1.957/2010, que considera a infertilidade como um problema de saúde em sentido amplo, mas proíbe a fecundação de ovócitos humanos com objetivo de investigação científica, por exemplo. Certamente, as evoluções da ciência deverão ser acompanhadas de perto pela Bioética e pelo Direito, provando para a sociedade não haver qualquer tipo de risco à mãe e ao bebê, além de conciliar questões que resvalam no bom senso, na ética, na religiosidade e na justiça”.
Fonte Corposaun
Nenhum comentário:
Postar um comentário