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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Malária

Malária, visualização microscópica de parasitas celulares
Definição
A malária é uma doença parasitária que causa febre alta, calafrios, sintomas similares à gripe e anemia.
 
Causas, incidência e fatores de risco
A malária é causada por um parasita transmitido entre humanos por meio da picada de mosquitos Anopheles infectados. Em humanos, os parasitas (chamados de esporozoítos) se deslocam até o fígado, onde amadurecem e liberam outra forma, os merozoítos. Esses últimos entram na corrente sanguínea e infectam as hemácias.

Os parasitas se multiplicam dentro das hemácias, que se rompem após 48 a 72 horas, infectando mais hemácias. Os primeiros sintomas geralmente aparecem de 10 dias a 4 semanas depois da infecção, embora eles possam aparecer em apenas 8 dias ou até um ano depois da infecção. Após a manifestação, os sintomas ocorrem em ciclos de 48 a 72 horas.

A maioria dos sintomas é causada pela liberação maciça de merozoítos na corrente sanguínea, pela anemia resultante da destruição das hemácias e pelos problemas provindos da enorme quantidade de hemoglobina livre que é lançada na circulação depois da ruptura das hemácias.

A malária também pode ser transmitida da mãe para o feto (de maneira congênita) e por transfusões de sangue. Os mosquitos podem ser portadores da malária em climas temperados, mas o parasita desaparece no inverno.

Mosquito, adulto alimentando-se na pele
A doença é um grande problema de saúde em uma vasta região dos trópicos e subtrópicos. Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos estimam que existem de 300 milhões a 500 milhões de casos de malária por ano e que mais de 1 milhão de pessoas morrem.
 
Ela representa um dos principais riscos de saúde para pessoas que viajam para regiões de clima quente.
 
Em algumas regiões do mundo, os mosquitos portadores da malária desenvolveram resistência aos inseticidas.
 
Além disso, os parasitas desenvolveram resistência a alguns antibióticos. Isso levou a uma dificuldade de controlar tanto a taxa de infecção quanto a propagação da doença.
 
A malária falciparum, um dos quatro tipos diferentes de malária, afeta uma proporção maior de hemácias que outros tipos de malária e é muito mais grave. Ela pode ser fatal em questão de horas após o aparecimento dos primeiros sintomas.
 
Sintomas
  • Anemia
  • Calafrios
  • Coma
  • Convulsão
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Icterícia
  • Dor muscular
  • Náuseas
  • Sangue nas fezes
  • Transpiração
  • Vômitos
Exames e testes
Durante um exame físico, o médico pode identificar um aumento do fígado ou do baço. Esfregaços sanguíneos coletados em intervalos de 6 horas a 12 horas podem confirmar o diagnóstico de malária.
 
Tratamento
A malária, especialmente a malária falciparum, é uma emergência médica que requer hospitalização. A cloroquina é um medicamento antimalárico frequentemente usado, mas quinidina ou quinina associada a doxiciclina, tetraciclina ou clindamicina; ou atovaquona e proguanil (Malarone); ou mefloquina ou artesunato; ou a combinação de pirimetamina e sulfadoxina são usados em infecções resistentes à cloroquina. A escolha do medicamento depende, em parte, de onde a pessoa estava no momento da infecção.
 
Podem ser necessários cuidados médicos intensos, incluindo líquidos intravenosos e outros medicamentos e auxílio respiratório.
 
Evolução (prognóstico)
O resultado esperado é bom na maioria dos casos de malária com tratamento, mas ruim em infecções por falciparum com complicações.
 
Complicações
  • Destruição das hemácias (anemia hemolítica)
  • Insuficiência hepática e insuficiência renal
  • Meningite
  • Insuficiência respiratória resultante de líquido nos pulmões (edema pulmonar)
  • Ruptura do baço levando a hemorragia interna intensa
Ligando para o médico
Consulte um médico se tiver febre e dor de cabeça depois de visitar os trópicos.
 
Prevenção
A maioria das pessoas que vivem em regiões onde a malária é comum adquiriu certa imunidade à doença. Os visitantes não são imunes e devem tomar medicamentos preventivos. É importante consultar seu médico com antecedência antes de viajar, porque o tratamento pode começar até duas semanas antes da viagem à região e continuar por um mês depois de deixá-la. Os tipos de medicamentos antimaláricos prescritos dependerão da região que você visitar.
 
De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, os viajantes com destino à América do Sul, África, subcontinente indiano, Ásia e Pacífico Sul devem tomar um dos seguintes medicamentos: mefloquina, doxiciclina, cloroquina, hidroxicloroquina ou Malarone.
 
Mesmo mulheres grávidas devem tomar medicamentos preventivos porque o risco da medicação para o feto é menor que o risco de adquirir uma infecção congênita.
 
Ainda assim, as pessoas que recebem medicamentos antimaláricos podem ser infectadas. Evite picadas de mosquitos usando roupas que protejam os braços e as pernas, aplicando repelente e utilizando telas nas janelas.
 
A cloroquina é o melhor medicamento para proteger contra a malária. No entanto, devido à resistência, agora ela é sugerida somente em áreas onde o Plasmodium vivax, o P. oval e o P. malariae estejam presentes. A malária falciparum está se tornando cada vez mais resistente aos medicamentos antimaláricos.
 
Para as pessoas que viajam para regiões onde há a ocorrência conhecida da malária falciparum, existem várias opções de prevenção, incluindo a mefloquina, atovaquona/proguanil (Malarone) e a doxiciclina.
 
Os viajantes podem consultar os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (site em inglês ou espanhol) para obter informações sobre os tipos de malária em uma determinada região geográfica, medicamentos preventivos e as épocas do ano em que se deve evitar viajar.
 
Referências
Krogstad DJ. Malaria. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier. 2007: chap 366.
 
Fonte iG

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