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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aterro sanitário de Campinas apresenta altas concentrações de metais pesados

A engenheira ambiental Bruna Fernanda Faria, durante trabalho de pesquisa desenvolvido na Universidade de Campinas (Unicamp) e orientado pela Professora Silvana Moreira, detectou contaminantes com alto nível de toxicidade e potencial cancerígeno no aterro sanitário Delta, para onde é enviado grande parte do lixo do município de Campinas (localizado no interior de São Paulo). Segundo a pesquisa o local possui altas concentrações de metais pesados em suas águas superficiais e subterrâneas.

Elementos como chumbo, cromo, níquel, zinco e cobre também foram identificados em quantidades excessivas nos aterros Parque Santa Bárbara e lixão da Pirelli, ambos desativados há mais de duas décadas. Constatou-se ainda nos dois antigos aterros a presença de metais tóxicos oriundos do chorume, líquido proveniente do lixo em decomposição.
 
” As águas subterrâneas e superficiais formam os mananciais de onde são retiradas as águas para o consumo do município. Portanto, a presença de metais pesados, com teores acima dos valores máximos permitidos pela legislação, é capaz de colocar em risco a saúde da população”, explicou a engenheira ambiental Bruna Fernanda Faria.
 
Nas águas subterrâneas do aterro Delta foram encontradas, por exemplo, concentrações de chumbo 100 vezes maiores do que as quantidades admitidas pela legislação. A presença dos metais níquel e cromo ultrapassaram, em alguns casos, 10 vezes os padrões estipulados pelos órgãos ambientais.
 
No estudo foram considerados como referências as concentrações máximas estabelecidas pelas normas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Conama).
 
As águas subterrâneas apresentam naturalmente presença de metais em sua composição, porém em concentrações muito mais baixas que as encontradas. A engenheira adverte que acumulações acima das que podem ser consideradas naturais representam riscos à população e ao ecossistema.
 
“Tornam-se necessárias, portanto, medidas que evitem o contato direto e o consumo pela população das águas contaminadas. Sugerimos ainda ações para o controle da poluição, adequação dos sistemas de tratamento existentes e desenvolvimento de projetos mais eficientes”, propõe Bruna Fernanda Faria.
 
Fonte Corposaun

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