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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Empatia dos médicos aumenta tolerância dos pacientes à dor

Relação médico-paciente baseada na confiança e empatia muda a resposta do cérebro ao estresse e reduz sensibilidade à dor
 
A relação médico-paciente baseada na confiança e empatia não apenas coloca os pacientes à vontade, mas muda a resposta do cérebro ao estresse e aumenta a tolerância à dor, de acordo com pesquisa realizada na Michigan State University, nos EUA.
 
Estudos anteriores mostraram que médicos que escutam atentamente têm pacientes mais felizes, com melhores resultados de saúde, mas o mecanismo subjacente era desconhecido.
 
"Este é o primeiro estudo a analisar a relação centrada no paciente a partir de um ponto de vista neurobiológico. É importante que os médicos e outros que defendem este tipo de relação com o paciente demonstrem que há uma base biológica", afirma o líder da pesquisa Issidoros Sarinopoulos.
 
O estudo envolveu pacientes separados aleatoriamente para dois tipos de consultas com um médico antes de passar por ressonância magnética. Na abordagem centrada no paciente, os médicos abordados quaisquer preocupações que os participantes tiveram sobre o procedimento permitindo-lhes falar livremente sobre trabalho, vida familiar e outros fatores psicológicos e sociais que afetam a saúde.
 
Os outros pacientes apenas responderam perguntas específicas sobre as informações clínicas, tais como seu histórico médico e os remédios que estavam tomando.
 
Como esperado, aqueles que passaram pela entrevista centrada no paciente relataram maior satisfação e confiança no médico em um questionário após a entrevista.
 
Os participantes foram colocados no aparelho de ressonância magnética e receberam uma série de leves choques elétricos, semelhante ao desconforto de ter uma agulha inserida no corpo, enquanto olhavam para uma foto de um médico.
 
O exame verificou a atividade na ínsula anterior, a parte do cérebro que torna as pessoas conscientes da dor, antes dos choques e quando eles realmente ocorreram.
 
Os resultados mostraram que aqueles que passaram pela entrevista centrada no paciente mostraram menos atividade na ínsula anterior quando estavam olhando para uma foto do médico com o qual eles consultaram do que quando o médico na foto era desconhecido. Os participantes também relataram menos dor quando as fotos mostravam o médico conhecido.
 
Apesar dos resultados, Sarinopoulos afirma que o estudo teve uma amostra pequena de apenas nove mulheres e terá de ser replicado em maior escala. "Precisamos fazer mais pesquisas para entender este mecanismo, mas este é um bom primeiro passo que coloca algum peso científico por trás do benefício da empatia com os pacientes, para conhecê-los e construir confiança", conclui o pesquisador.
 
Fonte isaude.net

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