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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Portugal: Hospitais sinalizam 366 crianças em risco


Tiago Sousa Dias
Detecção precoce de casos de crianças em risco é uma prioridade
Filha de mãe toxicodependente e com o pai preso, Marta (nome fictício) nasceu com síndrome de abstinência, no Centro Hos- pitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), Portimão, onde ficou um mês, acompanhada pelos técnicos do Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco. A mãe, de Lagos, com cerca de 30 anos, desapareceu mal teve alta, e a bebé acabou por ser institucionalizada.
 
O caso de Marta foi uma das 172 situações sociais e de risco envolvendo crianças registadas este ano no CHBA, contra 211, em 2011. Já no hospital de Faro, houve uma subida: este ano, e até Outubro, já havia 194 casos de recém-nascidos e crianças apoiadas pelos respectivos serviços sociais. Em 2011 foram 165.
 
Para as duas unidades hospitalares, a detecção precoce e acompanhamento destas situações reveste-se de uma particular importância: "Somos os cuidados primários em termos de maus tratos infantis [dos 0 aos 18 anos] na Saúde", explicou ao CM a médica-pediatra Teresa Silva, responsável pelo Núcleo do CHBA, que lida sobretudo com situações de abandono, ne-gligência, maus tratos e abusos sexuais a crianças. "No ano passado, registámos 59 casos destes – na Urgência, Internamento e Maternidade – e, este ano, já vamos com 45", revelou ainda, referindo que "por estranho que pareça, não surgem situações de fome".
 
Uma vez identificados os casos, os técnicos do Núcleo do CHBA (seis, ao todo, e que trabalham em regime de voluntariado) tentam, com outras entidades regionais e locais, dar resposta aos problemas. A solução pode passar, no limite, pela institucionalização das crianças. "Tentamos sempre que a família natural fique com elas, com a nossa supervisão ou de outras entidades", concluiu Teresa Silva.
 
Fonte Correio da Manhã

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