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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cobre reduz propagação de bactérias resistentes a antibióticos

Professor Bill Keevil e Sarah Warnes durante o processo de pesquisa em laboratório
Professor Bill Keevil e Sarah Warnes durante o
processo de pesquisa em laboratório
Revestimento de superfícies com metal previne transmissão horizontal de genes e impede infecção em hospitais e meios de transporte
 
Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, descobriram que o cobre pode prevenir a transmissão horizontal de genes (HGT), que contribui para o aumento do número de infecções resistentes a antibióticos em todo o mundo.
 
A pesquisa mostra que, enquanto HGT pode ocorrer no meio ambiente, em superfícies frequentemente tocadas, como maçanetas, carrinhos e mesas, que são feitas de aço inoxidável, o cobre impede que este processo ocorra rapidamente e mata as bactérias em contato com ele.
 
Embora os estudos se concentraram em HGT in vivo (experimento feito no corpo de um organismo vivo), o trabalho investigou se a capacidade de patógenos em persistir no ambiente também pode desempenhar um papel importante na transmissão de infecções.
 
O pesquisador Bill Keevil e seus colegas mostraram a sobrevivência prolongada de cepas multirresistentes de E. coli e Klebsiella pneumoniae em superfícies de aço inoxidável durante várias semanas. Entretanto, eles notaram a morte rápida de ambas as cepas resistentes aos antibióticos e a destruição do DNA do plasmídeo nas superfícies de cobre e liga de cobre.
 
Segundo os pesquisadores, a descoberta pode ser útil na prevenção da disseminação da infecção e da transferência de genes entre bactérias.
 
"Sabemos que muitos patógenos humanos sobrevivem por longos períodos no ambiente hospitalar e podem levar a infecção e morte. Neste trabalho mostramos o potencial para estrategicamente revestir superfícies de toque com cobre antimicrobiano, não só para quebrar a cadeia de contaminação, como também ativamente reduzir o risco de desenvolvimento de resistência a antibióticos, ao mesmo tempo", afirma Keevil.
 
A equipe acredita que, se fornecida limpeza adequada e contínua em ambientes críticos, o cobre pode ser utilizado como um instrumento valioso na luta contra os agentes patogênicos.
 
Além do ambiente de saúde, o cobre também tem um papel mais amplo no controle de infecções. "Superfícies de toque de cobre têm potencial para impedir a transferência de cepas resistentes a antibióticos em prédios públicos e sistemas de transporte de massa, que levam a rápida disseminação de superbactérias.
 
Os pesquisadores concluem que a pesquisa proporciona evidência adicional para a implantação do cobre e ligas de cobre sob superfícies de toque para proporcionar uma proteção adicional às práticas de higiene convencionais.
 
Fonte isaude.net

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