Brasília – Médicos e laboratórios que fizerem exames de detecção do vírus HIV
serão obrigados a repassar os dados do paciente, em caso de resultado positivo,
ao Ministério da Saúde. Atualmente, a aids está incluída na lista de 40 doenças
com notificação obrigatória no ministério, mas o vírus HIV não estava. A
portaria que atualiza a lista de notificações compulsórias deverá ser publicada
em janeiro de 2013 pela Secretaria de Vigilância em Saúde.
No caso do HIV, o objetivo é conhecer precocemente o status
sorológico do paciente e, se for o caso, iniciar o tratamento mais
rapidamente. Embora o Brasil tenha hoje 217 mil pessoas em tratamento
antirretroviral, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que outras 150
mil não saibam que têm o vírus da aids.
Ainda de acordo com o ministério, a recomendação de notificação do HIV havia
sido discutida e acatada pelo governo brasileiro em novembro durante uma reunião
da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no Panamá. O encontro teve a
participação de representantes de 30 países da América Latina e do Caribe.
“Essa medida traz dois benefícios: um individual e um coletivo. A pessoa que
toma remédio mais cedo não vai desenvolver a aids. O outro ponto positivo é que
quando o paciente começa a tomar o medicamento, a carga viral é diminuída até
que fique indetectável. Assim, você quebra a cadeia de transmissão da doença”,
explica o coordenador da Secretaria de Vigilância Epidemiológica do ministério,
Gerson Fernando Mendes.
Fonte Agência Brasil
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