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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Asma ou bronquite? Saiba a diferença

Muitos pais ainda se perguntam a diferença entre ambas as condições que costumam aumentar as incidências no outono e no inverno. Afinal, o que diferencia uma da outra?
 
Tosse, falta de ar, chiado no peito. Muitas crianças, durante a época entre o outono e o inverno, costumam apresentar esse quadro. E esses são os sinais que fazem os pais correrem para o pronto-socorro, levando uma quantidade enorme de crianças a fazer inalação nas salas de hospitais por todo País.
 
Essa preocupação tem fundamento, explica Paulo Paes Silvado Jr., pneumologista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. “Não é normal uma criança ter falta de ar e ficar desanimada, por exemplo. Se os pais observarem essas características apontando nas crianças, o ideal realmente é ir ao pronto-socorro e definir exatamente o que pode ser. Lembrando que essas crises costumam piorar com o tempo, não o inverso. Ou seja, é importantíssimo que a crise seja interrompida.”
 
Durante as crises, é difícil identificar quais das duas condições se instalaram. “Nessa fase, o tratamento é similar: broncodilatadores, anti-inflamatório, inalação (nebulizadores medicamentados). Passada a crise é possível saber realmente o que desencadeou a reação alérgica”, explica o especialista.
 
Condições similares, mas não iguais
Bronquite é um nome mais genérico dessas reações do sistema respiratório. “O sufixo ‘ite’ indica inflamação. Rinite e faringite, por exemplo, são inflamações das vias respiratórias, mas se instalam em locais diferentes das vias aéreas (nariz e faringe, no caso)”, diz Silvado Jr..
 
No caso da bronquite, ela é causada pela inflamação nos brônquios – canais que levam o ar ao pulmão, situados logo após a faringe – e pode ser aguda (passageira) ou crônica (quando se instaura por mais de três meses). A bronquite crônica pode ser indício de outras condições mais sérias. Essas condições podem ser desencadeadas por outras, como uma gripe ou outra infecção viral ou bacteriana. Pode ter também início a partir de uma alergia, e aí ela é chamada de asma brônquica ou simplesmente asma.
 
“A asma é um tipo de bronquite, mas em que há envolvimento do sistema imunológico. A condição é crônica e normalmente a crise é desencadeada por um agente externo – pólen, ácaro ou pelo resíduo da descamação natural da pele dos animais e que fica preso aos pelos”, aponta o médico. A resposta do organismo, nesse caso, é extrema e leva a uma reação alérgica forte e que resulta na obstrução do fluxo de ar: a crise de asma.
 
Bronquiolite, um sinal amarelo para os pais
Os brônquios são parte da estrutura que leva o ar até os pulmões, como já dissemos. Mas no final dos brônquios, estruturas ainda menores fazem essa distribuição do oxigênio: são os bronquíolos. Uma inflamação nessas estruturas pode ser preocupante.
 
“A bronquiolite é uma condição mais séria, principalmente por ser mais comum em crianças de pouca idade – entre o terceiro e o sétimo mês de vida – o que pode acarretar uma piora na saúde de outras partes do organismo”, pontua Paulo Paes Silvado Jr..
 
Assim como a bronquite e a asma, os sintomas são a tosse e a sibilância (nome técnico para chiado no peito). Mas nesses casos, a inalação ou os broncodilatadores fazem pouco efeito e a crise deve ser acompanhada de perto pelo médico. A causa da bronquiolite pode ser viral, e não é caracterizada como uma reação alérgica. Por conta disso também não costuma ser recorrente.
 
Evitando que as condições se instalem
Evitar o desencadeamento dessas condições é a melhor maneira de proteger seus filhos contra outras doenças que podem se instalar de forma associada (paralelamente). Para saber mais sobre o que fazer para evitar doenças respiratórias no inverno, leia também as dicas de Márcia S. Kodaira, coordenadora de medicina pediátrica do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, disponível aqui.
 
Fonte O que eu tenho

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