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| Quanto mais colorido, melhor |
De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou mais de
cinquenta mil pessoas, o padrão alimentar no país mudou. E mudou para pior. Há
um predomínio por uma alimentação à base de carne gordurosa, comidas
semiprontas, baixa ingestão de fibras, diminuição no consumo do feijão, além de
maior ingestão de refrigerantes e sucos artificiais.
Do ponto de vista econômico, podemos imaginar que numa população onde a promoção de saúde é baixa os gastos com as doenças serão elevados. E fica ainda mais evidente que se não cuidarmos da saúde hoje, amanhã teremos mais doenças para tratar — destaca a Dra. Fernanda Schettino, nutróloga.
É importante ressaltar que cada pessoa pode e deve buscar a saúde e cuidar de si mesmo. Pequenas mudanças na rotina diária podem agregar excelentes benefícios à vida de cada um.
Inicialmente, é fundamental lembrar dos riscos associados à obesidade. Pessoas acima do peso ideal são mais propensas a desenvolver uma gama de doenças: hipertensão, diabetes, alterações do colesterol e como se não bastasse, o câncer, principalmente o câncer de mama.
Indivíduos que ingerem mais vegetais (fibras, vitaminas e sais minerais) apresentam menor probabilidade de desenvolver doenças, principalmente o câncer de intestino.
— Sabe-se hoje que determinados nutrientes apresentam um papel protetor quanto ao câncer de um modo geral (licopenos, betacarotenos, entre outros). Esses nutrientes estão presentes nas frutas, nos vegetais e também na versão integral do pão, do arroz e da farinha de trigo — explica a especialista.
A prática de exercícios físicos regularmente faz muito bem para o corpo e para a mente. O exercício além de baixar níveis do colesterol ruim, aumentar o bom colesterol e controlar o excesso de peso, também está associado a mais disposição e bom humor.
Deve ser ressaltado o problema dos excessos: embutidos, churrasco, alimentos conservados no sal e alimentos defumados, que devem ser usados com moderação.
— Alguns estudos demonstram que em populações onde a ingestão desses alimentos é muito grande, a incidência de câncer também é elevada — alerta a Dra. Schettino.
Diante de tudo isso, o que fazer? Colorir o prato é a ordem quando se quer investir na saúde. Ao selecionar alimentos com diferentes colorações aumentam as chances de que se reúna um número maior de nutrientes variados.
Não existe mistério nenhum
nisso e as recomendações são simples:
1 – Comer de tudo um pouco, ou seja: comer com moderação.
2 – Ingerir cerca de três frutas diferentes ao longo do dia.
3 – Um vegetal verde-escuro pelo menos uma vez ao dia (na salada, refogado ou na forma de suco).
4 – Comer menos carne vermelha e acrescentar o peixe ao seu cardápio duas vezes na semana. Evitar frituras, embutidos e churrasco.
5 – Diminuir refrigerantes, sucos açucarados e industrializados, dando preferência ao suco natural, além de beber água adequadamente.
6 – Limitar o consumo de sal.
7 – Limitar o consumo de bebidas alcoólicas.
8 – Acrescentar diariamente duas a três castanhas do Pará ou nozes.
9 – Acrescentar uma a duas colheres de sobremesa de farinha de linhaça diariamente.
10 – Pelo menos duas a três vezes por semana utilizar o pão ou o arroz integral.
11 – A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama na mulher e ajuda a prevenir a obesidade no bebê amamentado.
De um modo geral, possuímos hábitos alimentares inadequados que foram adquiridos ao longo de anos, por isso nem sempre conseguimos mudar rapidamente.
— Vale começar agora, mesmo que aos poucos e gradativamente, mesmo dando umas "escorregadinhas" e corringindo depois, você só tem a ganhar — diz a nutróloga.
É preciso lembrar que o o principal interessado na sua saúde e no seu bem-estar é você mesmo. Portanto mexa-se, arregace as mangas, ande mais a pé, evite o elevador para um ou dois andares de escada, dance, faça alguma atividade que lhe seja agradável. A sua saúde agradece!
Fonte Diário Catarinense
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