Pneumologistas esclarecem os riscos de inalar substâncias tóxicas para o sistema respiratório
A inalação das substâncias emitidas após o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), causou 90% das mortes e pode deixar graves sequelas nos sobreviventes. O pneumologista Dr. Hugo Hyung Bok Yoo, professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, explica que a fumaça apresenta grande quantidade de gás carbônico, que rapidamente é absorvido pelos pulmões e cai na corrente sanguínea.
— O monóxido de carbono ocupa o espaço dos glóbulos vermelhos, onde deveria estar o oxigênio, e a pessoa fica sem ar. Em poucos segundos ela desmaia e, se não for socorrida, morre. É como se afogar na piscina.
De acordo com o pneumologista Dr. Oliver Nascimento, médico da disciplina de Pneumologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o tempo de exposição é o que determina o grau de comprometimento dos pulmões.
— Nem todos os sobreviventes vão apresentar problemas, mas é importante ficar atento a sintomas como tosse, chiado no peito, catarro e falta de ar.
O especialista da Unesp acrescenta que os sobreviventes que tiveram mais contato com a fumaça podem apresentar bronquite, bronquiolite e fibrose do pulmão ao longo dos próximos meses ou anos.
Outra situação citada pelos médicos é que a alta temperatura da fumaça causa lesões nas vias aéreas superiores, gerando desde dor e falta de ar até a morte.
Veja o que acontece com o nosso pulmão após inalar fumaça tóxica:
Fonte R7
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