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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Polícia ouve médica e auxiliar em hospital de Campinas

AA perícia também colheu material dos corpos para
 análise de produtos no organismo
Os delegados Alessandro Marques e Antônio Palmieri passaram a tarde desta terça-feira no Centro de Radiologia do hospital Vera Cruz, em Campinas (SP), ouvindo uma médica e uma auxiliar técnica que participaram dos exames e colhendo materiais com o Instituto de Criminalística. Três pessoas morreram segunda-feira (28) após realizarem exames de ressonância magnética no hospital.
 
A perícia também colheu material dos corpos para análise de produtos no organismo. "Vamos buscar mais dados nas investigações e na sexta-feira a Delegacia Seccional vai convocar uma coletiva para divulgar o que estamos apurando", afirmou Marques. O secretário de Saúde de Campinas, Carmino Antonio de Souza, afirmou nesta terça que todos os profissionais envolvidos nos exames serão investigados, "desde os responsáveis pelo armazenamento dos produtos e equipamentos até quem aplicou o contraste e fez a ressonância".
 
O secretário informou que uma equipe começou a rastrear na cidade a matéria-prima dos medicamentos e soluções aplicados nas vítimas para identificar possíveis problemas em outros hospitais e clínicas.
 
O presidente do Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliares em Radiologia de Campinas e Região, Pedro Marquese, afirma que os equipamentos de ressonância são seguros e que a calibragem do volume de contraste a ser injetado durante o exame é feita pela máquina, com poucas chances de erro. "As causas dessas mortes são verdadeiras interrogações", disse.
 
Interdição
O governo do Estado vai interditar os lotes de medicamentos usados nos três pacientes que morreram em Campinas. A medida é cautelar e será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (30), segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde.
 
A lista deve incluir o nome de sete produtos, de cinco fabricantes, entre eles soros e soluções injetáveis, como gadolínio.
 
Fonte R7

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