Stephani Rodrigues tem uma doença grave, que pode ser fatal sem uso de remédio
específico
FORTALEZA - O juiz federal da 11ª Vara no Ceará, Danilo Fontenelle Sampaio,
determinou nesta quarta-feira, 9, numa decisão inédita, que a União, o Estado do
Ceará e o município de Fortaleza banquem o tratamento da paciente Stephani Karry
Coelho Rodrigues.
Ela tem uma doença hematológica grave chamada de Trombótica, que pode ser
fulminante em caso de não tratamento com o medicamento Rituximabe. O Ministério
da Saúde, a Secretaria de Saúde do Ceará e a Secretaria de Saúde de Fortaleza
têm de garantir para a paciente de forma imediata esse remédio, segundo despacho
do juiz atendendo ação civil pública da procuradora regional dos direitos do
cidadão, Nilce Cunha Rodrigues.
Como não pode deixar de tomar o remédio receitado pelos médicos e sem
condições de arcar com a compra dele, o juiz entendeu que cabe à União, ao
Estado do Ceará e ao município de Fortaleza esta responsabilidade. Segundo Nilce
Cunha, o medicamento "tem importância na abordagem terapêutica com
imunoquimioterapia ao utilizar um anticorpo monoclonal, isso porque aumenta as
chances de cura ou controle da doença, quando associado ao arsenal terapêutico
já usado pela paciente".
Nilce Cunha explica, na ação, que o atendimento à paciente é um dever dos
entes federativos de garantia do direito à vida e à saúde. "Esta medicação
poderá proporcionar significativas melhoras na condição de vida da paciente, ou
mesmo alcançar a cura, que poderá se mostrar como meio mais eficaz de controlar
os sintomas da enfermidade que a acomete, e que vem reduzindo de forma cruel
suas possibilidades de viver de forma saudável, como é direito fundamental de
todo ser humano", justifica a procuradora.
Fonte Estadão
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