Pesquisa realizada na University of Adelaide, na Austrália, demonstrou pela primeira vez que um medicamento utilizado para ajudar pacientes a se recuperarem dos efeitos secundários da quimioterapia pode interromper o crescimento de tumores do cérebro.
A descoberta foi feita durante um estudo que analisou a relação entre os tumores cerebrais e um peptídeo associado com a inflamação no cérebro, chamado "substância P".
A substância P é lançada por todo o corpo pelo sistema nervoso, e contribui para o inchaço dos tecidos após uma lesão. No cérebro, os níveis de substância P aumentam muito após lesão cerebral traumática e acidente vascular cerebral.
"Os pesquisadores já sabiam há algum tempo que os níveis de substância P são também aumentaram muito em diferentes tipos de tumores ao redor do corpo. Queríamos saber se estes níveis elevados de peptídeo também estavam presentes em células tumorais do cérebro, e se estavam ou não afetando o crescimento de tumores. Mais importante, queríamos ver se podemos parar o crescimento do tumor bloqueando a substância P", explica a pesquisadora Elizabeth Harford-Wright.
Harford-Wright e seus colegas descobriram que os níveis de substância P foram muito elevados em tecido de tumor cerebral.
Sabendo que a substância P se liga a um receptor chamado NK1, os pesquisadores usaram uma droga antagonista chamada Emend® para interromper a ligação da substância P com o receptor.
Emend® já é usado em clínicas de câncer para ajudar os pacientes com náuseas induzidas por quimioterapia.
Os resultados foram surpreendentes mostraram que o medicamento foi capaz de impedir a da substância P com o receptor NK1, o que resultou na redução do crescimento do tumor cerebral, e também causou a morte das células tumorais. "Este é um resultado muito emocionante, e que oferece mais oportunidades para estudarmos possíveis tratamentos de tumores cerebrais nos próximos anos", conclui Harford-Wright.
Fonte isaude.net
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