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terça-feira, 16 de abril de 2013

Chega a São Paulo terapia que usa sal para combater problemas respiratórios

Crianças em sessão no centro VitaSal, aberto na Vila Leopoldina, em São Paulo
Adriano Vizoni/Folhapress
Crianças em sessão no centro VitaSal, aberto na
Vila Leopoldina, em São Paulo
A névoa branca e quatro toneladas de sal no chão e nas paredes dão à sala de haloterapia uma cara de ficção científica. "Halo", do grego, quer dizer sal.
 
O tratamento consiste em sessões de 45 minutos em uma sala climatizada, onde se respira um ar salgado.
 
Vendida como alívio para quem tem doenças respiratórias, a terapia acabou de chegar a São Paulo com a inauguração do centro VitaSal.
 
A haloterapia surgiu em 1843, quando um médico polonês percebeu que a permanência em cavernas de sal melhorava a saúde respiratória. Ele criou o primeiro spa em uma caverna desse tipo na Polônia. Mais tarde, as clínicas se espalharam pelo mundo.
 
"As salas climatizadas reproduzem o ambiente de uma caverna", diz Luiz Pregnaca, um dos sócios.
 
Tirando a televisão e a iluminação colorida, até que parece. A temperatura e a umidade são controladas e partículas de sal são jogadas no ar. As paredes são revestidas com um reboco de sal.
 
Durante a sessão, partículas se depositam sobre a pele e dá para sentir um gostinho salgado na boca.
 
"A função do sal é limpar as vias respiratórias e fazer a pessoa eliminar muco. Na primeira noite ela já sente diferença", diz Charles Finocchiaro, dono do Spa Natural do Sal, em Porto Alegre, pioneiro no Brasil.
 
"Os 45 minutos na sala equivalem a quatro dias na praia", diz Pregnaca. São indicadas de cinco a dez sessões seguidas, uma por dia, para melhorar sintomas de rinite, sinusite e asma, embora uma só já dê resultado.
 
"Não é tratamento médico, não cura. Mas tenho clientes que reduziram o uso da bombinha e pararam de tomar remédio", diz Finocchiaro. Ele atendeu mais de cem pessoas em sua sala em dois anos.
 
Outra promessa é combater o estresse com cromoterapia (as luzes da sala mudam de cor ao gosto do freguês).
 
A terapia com sal é contraindicada em casos de câncer, febre ou estado agudo de doença respiratória, e não interfere na pressão arterial.
 
"Em uma sessão a pessoa absorve no máximo 9 mg de sal. Isso não vai para a corrente sanguínea", diz José Ervolino Neto, diretor da Spazziom, em Campinas.
 
O otorrinolaringologista Fabrízio Romano, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, diz que o uso do sal em tratamentos de doenças respiratórias é antigo. "Todo otorrino recomenda lavar o nariz em solução salina. Isso desincha a mucosa e ajuda a eliminar a secreção."
 
Ele só não está convencido de que a haloterapia ofereça algum benefício extra em comparação a uma limpeza nasal: "Inalação e lavagem têm efeitos conhecidos e são simples de fazer em casa."
 
Para o pneumologista Emilio Pizzichini, da Sociedade Brasileira de Pneumologia, inalar sal pode aumentar a inflamação nos brônquios. "Quem vai tratar uma rinite ou sinusite pode não saber que tem asma e piorar os sintomas. Não há evidências que justifiquem essa terapia."
 
Finocchiaro rebate: "As críticas são por desconhecimento. Mas é claro que é um tratamento coadjuvante".
 
Onde fazer
 
VitaSal : R$ 69,90 a sessão (preço promocional). Tel. 0/xx/11/2359-7263
 
Spazziom : R$ 68 a sessão. Tel. 0/xx/19/3396-9878
 
Spa Natural do Sal : R$ 75 a sessão. Tel. 0/xx/51/3374-4734
 
Fonte Folhaonline

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