Rio de Janeiro – O Instituto Nacional de Traumatologia (Into) iniciou ontem (15)
a Semana de Cirurgia do Joelho, um mutirão que vai beneficiar cerca de 100
pacientes que precisam de artroplastia primária, procedimento de substituição da
articulação doente por uma próteses no joelho. A cirurgia, considerada de alta
complexidade, representa a maior demanda operatória do instituto. O mutirão
ocorre até a próxima sexta-feira (19), e vai aumentar a capacidade de
atendimento do hospital, diminuindo o tempo de espera pelo procedimento
cirúrgico.
Segundo o chefe do Centro de Cirurgia de Joelho do Into, o ortopedista Hugo
Cobra, a ação é voltada a pacientes com doenças inflamatórias que afetam o
joelho, como artrose e artrites, que desgastam a articulação devido a problemas
como o desvio do eixo da perna, obesidade e longevidade. A colocação da prótese
tem o objetivo de aliviar a dor e restabelecer a função do joelho.
“Este é um procedimento que devolve qualidade de vida aos pacientes. Os
problemas de joelho podem ser muito debilitantes, e a cirurgia deve ser feita o
quanto antes para que eles não se transformem em dificuldades ainda maiores para
os pacientes”, disse.
O instituto faz aproximadamente mil cirurgias de joelho por ano, a maior
parte de artroplastia primária. “A cirurgia de joelho representa a a maior fila
do hospital e a maior demanda do Brasil”, explicou o ortopedista. Ele declarou
ainda que existe grande demanda pelo procedimento por pacientes da Região Norte,
especialmente do Acre, de Rondônia e do Amazonas.
Para o mutirão, o hospital disponibilizou dez cirurgiões, além de
profissionais convidados de outros estados. Durante as manhãs do evento,
reuniões cientificas ocorrerão com 25 especialistas em joelho. Eles avaliam as
cirurgias dia anterior e discutem os próximos procedimentos.
Este é o quinto mutirão de cirurgias ortopédicas do ano. A ação já beneficiou
214 pacientes. Na primeira semana de abril, o mutirão de ortopedia pediátrica
atendeu 49 crianças. Em março, 28 cirurgias para a retirada de tumor ósseo
acabaram com a fila para o procedimento. Em fevereiro, 107 pacientes tiverem
colocadas próteses no quadril, e um mutirão de coluna operou 30 pessoas com
casos graves de escoliose.
Como parte das atividades da semana, na tarde desta segunda-feira foi feita
uma campanha especial de doação de sangue, com a instalação de um posto de
coleta móvel do In stituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti
(Hemorio) no Into. A intenção foi estimular a participação de funcionários,
parentes dos pacientes, visitantes e voluntários.
Para ajudar na recuperação dos pacientes depois das cirurgias, a unidade de
reabilitação do Into deu início, no mês passado, a um programa de fisioterapia
pré-operatória que vai abranger 25% das pessoas operadas no mutirão de cirurgias
do joelho. Os pacientes foram escolhidos segundo critérios de avaliação e
indicação clínica para fisioterapia. De acordo com o Into, o programa pretende
fortalecer também o membro não operado, além de capacitar as pessoas para que
possam praticar os exercícios em casa ou em unidades próximas de onde residem.
Fonte Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário