Foto: University of Copenhagen/Jes Andersen Thomas Just Sørensen, pesquisador responsável pelo estudo |
Cientistas da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, desenvolveram um novo corante capaz de melhorar a nitidez de exames de imagem, como a ressonância magnética.
Segundo os pesquisadores, o corante aza-oxa-trangulenium tem o potencial para superar todos os corantes fluorescentes atualmente utilizados na imagiologia
"Nosso corante é dez vezes melhor, muito mais barato e fácil de usar. Esta última característica eu acredito, vai levar a maiores oportunidades e uso ampliado, por médicos e pesquisadores de países em desenvolvimento, por exemplo", afirma o pesquisador Thomas Just Sørensen.
De acordo com os pesquisadores, pode parecer estranho, mas um dos desafios centrais quando se tiram fotografias de células e órgãos é evitar ruídos. Os agentes que tornam possível ver as estruturas biológicas microscópicas são luminescentes, mas, assim também são os tecidos.
Consequentemente, a luz do agente de contraste pode ser atrapalhada por um "ruído leve". O tecido torna-se luminescente quando exposto à luz. Os tecidos e outras estruturas orgânicas acendem-se durante 10 nanosegundos após a exposição à luz. O tempo de vida luminosa de um corante comum é o mesmo, 10 nanosegundos. Mas corante trangulenium produze luz por cerca de 100 nanosegundos.
O tempo de vida do corante trangulenium significa que uma imagem pode ser produzida sem o ruído de fundo. Além disso, os 90 nanosegundos extras abrem a possibilidade de filmar imagens ao vivo dos processos que ocorrem dentro das células, por exemplo, quando uma droga ataca uma doença.
Departamentos de análise de imagens médicas atualmente dedicam uma quantidade inacreditável de tempo para coloração de amostras, pois todas as amostras devem ser tratadas com dois agentes. O uso de corante trangulenium exige apenas um corante. E em contraste com corantes típicos, não é necessário equipamento especializado para ver os corantes em amostras de tecido. A lente de um par de óculos polarizados e um microscópio comum são tudo o que é necessário.
"Eu sei que o nosso corante é melhor, mas os biólogos e os médicos não sabem. Portanto, estamos dando o corante para qualquer pessoa que queira realizar um teste de comparação. Alguém que precisa avaliar a saúde de pessoas doentes não ousaria depender de uma substância não testada.
Somente quando vários pesquisadores notarem que trangulenium têm a mesma eficácia que seus antecessores é que podemos esperar que a nossa substância se torne mais amplamente adotada", conclui Sørensen.
Fonte isaude.net
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