O bom funcionamento do coração é fundamental para uma gravidez saudável. Durante a gestação, o coração passa a trabalhar 60% mais do que o normal. Isso porque o volume sanguíneo total aumenta entre 60 e 65%. Todo o sistema circulatório sofre uma sobrecarga e precisa estar em condições de aguentar essa demanda.
— Para se ter uma ideia, é como se, durante 24hs a mulher estivesse fazendo um exercício de intensidade média, como por exemplo uma aula de bike. Claro, esse esforço acontece num ritmo crescente: aumenta até 32 semanas e depois estabiliza — afirma o médico ginecologista Domingos Mantelli.
Outro momento delicado é o parto, período que há uma aceleração natural, quando esse trabalho aliado à pressão alta pode acarretar quadro de pré-eclampsia e eclampsia.
A pressão arterial alta é motivo de grande preocupação durante toda a gravidez porque pode botar em risco mãe e bebê.
— Infelizmente, por conta da maus hábitos na alimentação, é cada vez mais frequente que a mulher chegue ao ginecologista, no começo do pré-natal, já com hipertensão agravada também por excesso de peso e estresse. O ideal é que a mulher que quer engravidar já faça os exames clínicos para entender em que condições está o seu coração e tratar antes de engravidar, se for necessário — alerta o médico.
A gravidez na adolescência, quando o corpo da mulher ainda não está totalmente formado, e a gravidez após os 35 anos aumentam o risco de desenvolver hipertensão. Os sintomas de doenças cardíacas se confundem com os da gravidez, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico: tontura, aceleração da frequência cardíaca, aumento do ritmo respiratório ao fazer pequenos esforços.
Fonte Zero Hora
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