Quem trabalha fora de casa e não tem tempo ou disciplina para cozinhar e congelar refeições e não tem como fugir dos clássicos restaurantes a quilo, os self-services, o que, para muitos, é a grande razão do gradual ganho de peso.
Mas, na verdade, esse tipo de restaurante pode oferecer vantagens para quem sabe o que escolher e para quem está de dieta.
Mas, na verdade, esse tipo de restaurante pode oferecer vantagens para quem sabe o que escolher e para quem está de dieta.
"É difícil termos tantas variedades de saladas e carnes em uma refeição caseira", aponta a nutricionista Karina Valentim, da PB Consultoria em Nutrição, em São Paulo.
Assim, basta saber o que pegar para não extrapolar nas calorias e se manter firme na dieta.
Confira, então, um guia de como comer bem em um desses restaurantes do tipo buffet:
Antes de entrar na fila do self-service, analise as opções e monte uma combinação dos alimentos na sua cabeça. "Isso evita que você deixe passar algo que queria ou pegue algum alimento que não faz um bom casamento com as demais opções", explica a nutricionista Ana Paula Souza, da Clínica de Nutrição Santé e Consultoria, em Maringá.
Os restaurantes a quilo costumam disponibilizar os alimentos começando pelas saladas e é seguindo este fluxo que os visitantes devem montar o prato. "Por estarmos com bastante fome nas refeições principais, já que poucos fazem lanches intermediários, o ideal é começar pelos alimentos menos calóricos, que são as saladas", aponta a nutricionista Karina. Começando pelos carboidratos ou proteínas, há maior risco de exagerar na seleção desses alimentos e, assim, consumir mais calorias.
"Metade do prato deve ser reservado para legumes e verduras crus ou cozidos e com a maior variedade de cor possível", explica a nutricionista Karina. A outra metade deve ser dividida em duas partes: uma para alimentos fonte de carboidratos e outra para as opções com proteína. Entre os carboidratos, é comum encontrar arroz, grão de bico, batata e macarrão. Já as proteínas incluem carne, frango, peixe, ovo e soja.
Embora comer bem seja comer de forma variada, isso não significa que você precisa pegar um pouquinho de tudo no por quilo para sair bem alimentado. "Fazendo isso há um risco maior de extrapolar nas calorias do que respeitando as divisões e elegendo apenas alguns alimentos para preencher cada divisão do prato", aponta a nutricionista Ana Paula. No caso dos legumes, escolha pelo menos quatro opções. Carboidratos e proteínas devem se restringir a duas variedades apenas.
Cuidado para não cair nas pegadinhas do buffet. Couve flor no vapor, por exemplo, não é o mesmo que a couve flor à milanesa. Carne assada não é igual bife à parmegiana. Enquanto as opções mais elaboradas ganham calorias pelo processo de fritura e graças à adição de farinha, ovo e queijo no preparo, as mais simples são menos calóricas. Por isso, não basta preencher cada pedaço do prato com os alimentos certos. É necessário escolher o melhor preparo dentro das opções oferecidas. "Grelhados, assados e cozidos devem estar no topo da lista, enquanto que frituras e alimentos à milanesa ou à parmegiana devem ser evitados", aponta a nutricionista Ana Paula. Do contrário, seu prato será enriquecido com calorias e gorduras, o que irá favorecer o ganho de peso.
Mesmo seguindo todas as regras anteriores para montar um prato saudável no self-service, você ainda corre o risco de cair em mais uma armadilha: molhos e temperos. Eles parecem inofensivos, já que são apenas um complemento, mas podem camuflar muitas calorias. Segundo a nutricionista Ana Paula, os mais calóricos são os que contêm maionese, leite, creme de leite e queijo. "Alguns também são ricos em sódio que, em excesso, pode favorecer a retenção de líquido e a hipertensão", alerta. Por isso, prefira dar sabor à comida com alimentos naturais, como limão, alecrim e outras frutas e ervas.
"Vários estudos mostram que consumir líquidos nas principais refeições pode atrapalhar a digestão e a absorção dos nutrientes", afirma a nutricionista Karina. Isso acontece porque os líquidos aumentam o volume do estômago, fazendo com que ele leve mais tempo para esvaziar, o que pode causar mal estar. Pior ainda quando a bebida é gaseificada, pois o gás potencializa o efeito dilatador. Se for muito difícil comer sem beber nada, a profissional recomenda limitar a ingestão até 200 ml e escolher sucos naturais ou água para acompanhar o prato.
Bolo, pudim, brigadeiro e mais uma enorme lista de opções de sobremesa costumam estar disponíveis nos restaurantes aquilo, mas é preciso ter disciplina e resistir a essas opções extremamente calóricas. Gelatinas, comuns nesses estabelecimentos também não são uma boa opção, pois, apesar de parecerem saudáveis e leves, contêm muito açúcar e corante. A melhor alternativa é apostar em frutas que, em casos como o abacaxi, até facilitam o processo de digestão. De acordo com a nutricionista Ana Paula, a sensação de que faltou algo doce após a refeição é típica de quem nunca pula a sobremesa, mas sentir-se satisfeito somente com o almoço também é algo que pode ser aprendido.
Fonte Minha Vida
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