Melhor forma física, menos tumores

A boa forma física é capaz de ir ainda mais longe e reduzir o
risco de sofrer – e de morrer – de cancro colorretal e do pulmão

Risco deste tipo de diagnóstico reduziu 68% no caso do cancro do pulmão e 38% no colorretal

 

Que o exercício físico aumenta a proteção contra as doenças cardiovasculares já não é novidade. O que um novo estudo vem agora provar é que a boa forma física é capaz de ir ainda mais longe e reduzir o risco de sofrer – e de morrer – de cancro colorretal e do pulmão. A conclusão resulta de uma investigação feita ao longo de duas décadas, apresentada em Chicago, EUA, no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, que o Destak acompanhou.

 

A análise feita a cerca de 17 mil homens, ao longo de mais de 20 anos, mostrou que o risco de ser confrontado com o diagnóstico caiu entre os homens mais aptos fisicamente. E muito: 68% no caso do cancro do pulmão e 38% no colorretal. Dados ajustados tendo em conta fatores como o tabagismo, o índice de massa corporal e a idade. E mesmo entre aqueles que não conseguiram evitar o diagnóstico, a boa forma física correspondeu a um risco inferior de morrer.

 

Uma descoberta que, explica Susan Lakoski, coordenadora do estudo e professora assistente na Universidade de Vermont, «torna clara» a necessidade de alertar os doentes para a importância do exercício físico e, mais do que isso, para a importância de estarem em forma, que pode fazer a diferença entre ter ou não ter cancro ou sobreviver à doença.

 

E não é preciso muito. Revelam ainda os dados do mesmo trabalho que basta uma pequena melhoria paras e conseguir um efeito significativo na taxa de sobrevivência dos homens, reduzindo o risco de morte por cancro em 14%, a que se junta ainda uma redução do risco de perder a vida na sequência de doenças cardiovasculares(23%).

 

Cancros mais mortais em Portugal

São duas das principais causas de morte nos homens em Portugal. Primeiro o cancro do pulmão, que faz milhares de novas vítimas todos os anos; depois o colorretal que, no caso do sexo feminino, já ultrapassou o cancro da mama, sendo atualmente a principal causa de morte feminina por cancro.

 

Fonte Destak/Lusa