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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Portugal: Cateter trata hipertensos resistentes

Foto Nuno Fernandes Veiga
A desnervação renal é feita com recurso a anestesia geral
e demora trinta minutos
Técnica cirúrgica para hipertensos vai ser usada para insuficiência renal e cardíaca e apneia do sono
 
É uma técnica minimamente invasiva onde se usa um cateter para tratar a hipertensão arterial resistente – pacientes que apesar do tratamento com três ou mais medicamentos anti-hipertensivos continuam com níveis elevados de pressão arterial. Chama-se desnervação simpática renal e visa baixar os valores da tensão arterial. Este procedimento vai passar a ser usado para tratar também a insuficiência renal e cardíaca, e até a apneia do sono.
 
A experiência já está a ser feita no Hospital de Santo António, no Porto, precisamente um dos centros no País a realizar esta técnica há ano e meio. Mas para compreender este avanço há que perceber, em primeiro lugar, o procedimento.
 
"O cateter é introduzido na artéria femoral (na virilha), que em movimentos helicoidais (circulares), liberta um sinal de radiofrequência que provoca pequenas cicatrizes na artéria renal e aquece o suficiente nos nervos simpáticos", explica Henrique Cyrne Carvalho, responsável pelo laboratório de hemodinâmica e pela Unidade de Cuidados Intensivos Coronários no Hospital de Santo António.
 
Este cateterismo desativa, assim, os nervos simpáticos localizados nas paredes da artéria renal. Isto permite uma diminuição progressiva dos valores da tensão arterial, mas não só.
 
"Pode ser usada para tratar todas as doenças que são dominadas pelo tónus simpático. O Santo António, com um grupo de Homburg, está a desenvolver a técnica para a insuficiência renal moderada, evitando que progrida para grave. Também pode ter utilização nos diabetes muito mal controlados, atuando sobre o controlo da glicemia e insulina, e na insuficiência cardíaca muito grave e na apneia do sono", exemplificou.
 
Para já só estão a ser tratados doentes hipertensos resistentes. "Nesta fase só tratamos os intratáveis: controlamos os valores tensionais (tensão arterial) e podemos diminuir o número de medicamentos que está a tomar. Depois podem nem vir a precisar de qualquer medicamento. É um procedimento com taxa de complicações muito baixas e muito pequenas", diz Henrique Cyrne Carvalho.
 
Fonte Correio da Manhã

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