Correio da Manhã – Há centros de saúde com problemas nos sistemas informáticos. Qual a dimensão do problema?
Bernardo Vilas Boas – Desde meados de maio que se está a proceder à atualização tecnológica do software e a uma tentativa de centralização de base de dados na região Norte. As bases de dados localizadas nos servidores dos diferentes centros de saúde estavam desatualizadas e estão a ser transferidas para um servidor central na Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte).
– Esse problema ocorre no resto do País?
– Só ocorre no Norte.
– Porque é que ocorrem esses problemas informáticos?
– Nem os técnicos que procederam a essa operação sabiam o que estava a acontecer. Esse problema fez, e ainda faz, com que haja lentidão e bloqueios sistemáticos dos sistemas de informação.
– Os médicos não conseguem aceder aos dados clínicos?
– Muitas vezes, não. O acesso é muito lento, o sistema bloqueia, o que impede muitas vezes que se aceda aos dados clínicos dos utentes.
– Prejudica os doentes?
– O problema perturba gravemente o atendimento ao doente e quase paralisa algumas unidades de saúde.
– A ARS Norte já disse que os constrangimentos nos sistemas informáticos ficam resolvidos na próxima semana...
– Já deviam de estar resolvidos.
– Têm tido problemas com a prescrição eletrónica?
– Aí há outro problema. O sistema não permite dar ao utente o valor do preço mínimo do genérico quando se imprime a receita, só surge o preço mais caro.
– O doente compra o remédio mais caro sem saber que há mais barato?
– O farmacêutico vende mais barato se quiser.
Fonte Correio da Manhã
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