Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Saúde pública de São Paulo está sucateada, diz Simesp

Em 6,1% dos PSs não existem UTIs, nem no local nem
em outro serviço referenciado
O Cremesp fiscalizou 71 prontos-socorros em São Paulo e constatou que a maioria tem pacientes em macas nos corredores, não consegue transferir doentes, possui equipes médicas incompletas e não conta com chefia de plantão e médico diarista
 
Pesquisa, divulgada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), após fiscalizar 71 prontos-socorros em São Paulo, constata que a maioria desses serviços tem pacientes em macas nos corredores, não consegue transferir doentes, está com suas equipes médicas incompletas e boa parte não conta com chefia de plantão e médico diarista.
 
Além disso, faltam materiais e estrutura adequada nas salas de emergência, apresentam deficiências na triagem e na classificação de risco na entrada de pacientes.
 
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes, esse quadro alarmante se dá pela precariedade do sistema resultante de diversas administrações que não tiveram a saúde como prioridade. “A realidade é que o serviço de saúde pública está sucateado há muito tempo. Diariamente, foi marginalizada pelos administradores até chegar ao estado caótico que encontramos hoje”.
 
Um dos principais problemas avaliados pelo Simesp é a gestão de recursos, além da falta de fiscalização eficiente dos vínculos público-privados. “Nos grandes serviços de urgência, que deveriam ter equipes completas, faltam médicos, enfermeiros, técnicos de todas as naturezas, pessoal de administração, segurança, limpeza, cozinha, lavanderia, insumos, aparelhagem instrumental e medicamentos adequados. E quem paga o preço do descaso é a população”, explica Carvalhaes.
 
O presidente do Simesp, no entanto, tem esperanças de que o novo governo tenha sensibilidade para resgatar a saúde da situação em que está. “O Sindicato sempre cobrou melhorias das administrações anteriores e não fará diferente durante a nova gestão”.

Principais números do levantamento do Cremesp

➜ 57,7% dos PSs têm macas com pacientes nos corredores;

➜ 66,2% dos PSs relatam dificuldade de encaminhar pacientes para outros serviços de referência;

➜ 57,7% dos serviços vistoriados estão com equipes médicas incompletas;

➜ 28,2% das salas de emergência estão inadequadas;

➜ Em 59,2% das salas de emergência falta algum tipo de material;

➜ Em 46,5% dos serviços não há chefia de plantão nem médico diarista;

➜ Em 32,4% dos PSs não é feita a triagem com classificação de risco;

➜ Em 6,1% dos PSs não existem UTIs, nem no local nem em outro serviço referenciado.
 
Fonte SaudeWeb

Nenhum comentário:

Postar um comentário