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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Levantamento constata que os brasileiros não relacionam felicidade ao consumo

O primeiro item da felicidade, para 66% das pessoas, foi a saúde própria e
dos familiares. Em segundo lugar veio o convívio social (60%), representado
 por passar mais tempo com a família e com dos amigos, que é uma experiência
 que não inclui consumo
Confira entrevista sobre o tema com o gerente de conteúdo e metodologia do Instituto Akatu, Dalberto Adulis
 
O bem-estar e a felicidade são temas em evidência em todo o mundo. Pesquisas têm buscado medir e identificar as aspirações e anseios da população como uma forma de melhor direcionar as políticas públicas e a oferta de produtos e serviços.
 
Nesse contexto, o Instituto Akatu, que atua há mais de 10 anos na mobilização da sociedade para o consumo consciente, passou a contemplar a sensação de felicidade em sua pesquisa anual sobre os hábitos de compra do brasileiro. Em sua mais recente edição, os entrevistados responderam a questões sobre a sensação de felicidade e os caminhos para chegar a ela. Conversamos com o gerente de conteúdo e metodologia do Instituto Akatu, Dalberto Adulis. Confira a entrevista:
 
Bem-Estar — As pessoas consideram o consumo necessário à felicidade?
Dalberto Adulis — Não, elas dissociam consumo e felicidade. A maior parte das dimensões de felicidade que elas priorizam não está ligada ao consumo. O que nos deixa felizes como organização que trabalha com esse tema é ver o brasileiro preocupado com questões que não implicam necessariamente consumo. Não que consumir seja ruim, mas a busca de outras formas de satisfação é mais importante.
 
Bem-Estar — Como essa prioridade se manifestou na pesquisa?
Adulis — O primeiro item da felicidade, para 66% das pessoas, foi a saúde — própria e dos familiares. Em segundo lugar veio o convívio social (60%), representado por passar mais tempo com a família e com dos amigos, que é uma experiência que não inclui consumo.
 
Alegria, paz e tranquilidade ficaram em terceiro lugar, enquanto o dinheiro ficou apenas em quarto. Isso indica que a felicidade está muito associada a aspectos de qualidade de vida, de bem-estar. Claro que esse bem-estar inclui consumo, mas não é a compra em si que é valorizada.
 
Bem-Estar — Isso aparece nas escolhas de consumo das pessoas?
Adulis — Nas questões sobre os caminhos para atingir a felicidade, ficou bem claro que sim. Nessa parte da pesquisa — que aborda as dimensões da afetividade, da água, dos alimentos, da durabilidade dos produtos, da energia, da mobilidade, dos resíduos e da saúde —, o entrevistado devia priorizar uma opção a outra.
 
Na maioria desses quesitos, todos preferiram o caminho mais sustentável ao mais simples, que é o do consumo. Na afetividade, escolheram a opção sustentável, estar com as pessoas, à de consumo, que seria dar presentes.
 
A surpresa maior foi em relação à mobilidade: tanto os que usam o carro quanto os que não usam preferiram deslocar-se com rapidez, segurança e conforto em vez de ter o próprio carro - um ícone da sociedade de consumo. Isso indica que o modelo do carro próprio não é mais o que as pessoas buscam.
 
Bem-Estar — Houve exceções nesse comportamento?
Adulis — Sim, no item saúde, o acesso aos serviços de saúde, opção de consumo, recebeu prioridade a ter uma boa saúde, opção sustentável. Mas isso está ligado a uma fragilidade do país: o acesso a um serviço público de qualidade não está garantida, e ter uma boa saúde depende desse acesso.
 
Fonte Zero Hora

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