Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Conheça alguns mitos e verdades sobre travesseiros

Conheça alguns mitos e verdades sobre travesseiros Camila Maia/Agencia Globo
Foto: Camila Maia / Agencia Globo
Escolher o travesseiro certo é fundamental para um sono de
 qualidade sem prejudicar a coluna
Especialista alerta sobre os erros mais comuns cometidos pelos indivíduos
 
Não basta fechar os olhos, tentar esquecer as preocupações e relaxar o corpo. Existem alguns cuidados que podem ajudar a garantir uma boa noite de sono. Entre eles, usar roupas confortáveis e preferir um ambiente escuro. No entanto, os travesseiros também são indispensáveis para um descanso de qualidade. Os objetos macios são responsáveis pelo apoio da cabeça e por manter a coluna alinhada durante o sono, o que ajudar a melhor a circulação sanguínea e facilita os estímulos elétricos enviados pelo cérebro aos demais órgãos do corpo.
 
Entretanto, o mau uso do travesseiro pode trazer sérios riscos à saúde. Confira com a consultora do sono Renata Federighi, os erros mais comuns:
 
Verdade: ler na cama recostado em travesseiros prejudica a coluna.
A coluna sofre se o apoio for volumoso a ponto de fazer com que o queixo toque o peito. Isso tem o mesmo efeito de dormir de barriga para cima com travesseiro muito alto.
 
Mito: podemos dispensar o travesseiro quando pescoço está muito tenso ou dolorido.
Isso tende a piorar o problema. Sem o travesseiro, a cabeça fica pendurada e força a musculatura. O travesseiro deve apoiar a cabeça em uma altura que se encaixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando assim, um ângulo de 90° no pescoço.
 
Mito: não há problemas em trocar o modelo do travesseiro repentinamente.
É comum haver um certo desconforto nos primeiros dias de uso, já que seu organismo está adaptado ao antigo travesseiro. Trata-se de um processo de adaptação natural, que pode levar cerca de 10 a 15 dias. Se o travesseiro estiver adequando ao seu ao biótipo e postura ao dormir, a recomendação é de que se insista no uso. Caso o desconforto persista por mais tempo, provavelmente o travesseiro está muito alto ou muito baixo e seu uso deve ser descontinuado imediatamente. O travesseiro ideal deve ocupar o espaço exato entre a sua cabeça e o colchão, de forma que o pescoço fique alinhado com o restante da coluna, ou seja, ele não deve ficar inclinado nem para cima e nem para baixo.
 
Verdade: a melhor posição para dormir é a lateral.
A posição de lado (decúbito lateral) é a mais indicada para dormir, tanto faz se do lado direito ou esquerdo. É aconselhável utilizar dois travesseiros, sendo um, para apoio da cabeça, e o outro, entre os joelhos e os tornozelos. Nesta posição os joelhos devem estar semiflexionados. Pode-se dormir também de barriga para cima. Nesta posição, deve-se usar um travesseiro para apoio da cabeça (não precisa ser muito alto) e outro sob os joelhos, que verão estar semiflexionados para alinhamento e descanso da lombar. Já a posição de barriga para baixo (ou de bruços) não é recomendada por causar flexão e rotação da coluna nas regiões cervical e lombar, podendo comprometê-la ao longo do tempo.
 
Mito: para manter o travesseiro limpo e sem fungos, basta colocá-lo no sol.
O sol é um excelente agente de sanitização superficial. Porém, o travesseiro de espuma é fofo, volumoso e a sua exposição ao sol acabará por gerar um aquecimento e elevar a sua temperatura interna, criando um ambiente ainda mais propício para a proliferação de ácaros, fungos e bactérias, elementos altamente alergênicos. O indicado é sempre arejar e ventilar o travesseiro, protegido por uma fronha, sob luz indireta. Esta medida irá aumentar a saúde e a durabilidade do produto. Aconselha-se também o seu uso com capas protetoras impermeáveis.
 
Mito: o melhor travesseiro é aquele que uso há mais de dez anos, pois já estou acostumado com ele.
Poucas pessoas sabem, mas travesseiros têm prazo de validade. Um travesseiro, com o uso, acumula grande quantidade de umidade, gordura, pele descamada, suor e outras secreções da cabeça (saliva, coriza, seborreia, lágrimas e cerume), além de perfumes, tinturas e cosméticos em geral. Todo esse material orgânico encontra-se em um ambiente ideal de proliferação biológica: escuro, úmido e quente. Um travesseiro sem proteção antimicrobiana, com seis meses de uso, já contém cerca de 300 mil ácaros e, após dois anos, até 25% do seu peso é formado por ácaros vivos, mortos e suas fezes. Mesmo um travesseiro com tratamento antiácaro, depois de certo tempo, terá sobre as suas células internas grande acúmulo destes dejetos, o que diminui sua eficiência antimicrobiana. O ideal é trocá-lo a cada dois anos.
 
Verdade: pessoas quem tem algum tipo de alergia devem se preocupar com os travesseiros.
Os ácaros, os fungos e as bactérias habitam um lugar que poucos imaginam: nossa casa e, sobretudo, nossa cama e travesseiros. É importante que pessoas com alergia respiratórias evitem travesseiros de penas, por exemplo. No mercado, já é possível encontrar produtos com tratamento antiácaros.
 
Mito: posso lavar o travesseiro em casa.
Nem todos os travesseiros são laváveis e os consumidores devem estar atentos às especificações do produto antes de molhar ou, até mesmo, entregar o travesseiro para a lavanderia. O processo de lavagem nem sempre é indicado, principalmente, quando não podemos garantir sua secagem completa. No entanto, se o produto for lavável, siga ou exija nas lavanderias que as instruções sejam seguidas.
 
Mito: o colchão é mais importante que o travesseiro. Portanto, não há problema em comprar um travesseiro mais barato.
O travesseiro é tão importante quanto o colchão. De nada adianta comprar um colchão adequado ao seu biótipo, se o travesseiro não desempenhar com eficácia a sua função. A sua coluna ficará desalinhada e você não conseguirá relaxar e chegar numa posição confortável, tão necessária para um sono revigorante. Muitas vezes também, o barato pode sair caro. Principalmente, levando em consideração as despesas e os prejuízos que o indivíduo poderá ter com os tratamentos após as noites mal dormidas.
 
Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário