Além de estrutura nas unidades de saúde, as prefeituras participantes do Mais
Médicos também são obrigadas a fornecer hospedagem, alimentação e água potável
aos médicos do programa.
No caso dos cubanos, as moradias terão desde quarto dividido até imóvel sem
chuveiro elétrico ou alugado em frente a uma igreja evangélica com cultos
barulhentos. Mas também há quem terá direito a quintal com mangueira carregada
de frutas.
Editoria de Arte/Folhapress |
Em Frei Miguelinho (PE), o endereço será uma casa numa rua de barro. Com
quatro quartos e sem chuveiro elétrico, o imóvel já está ocupado. Durante a
semana, abriga outros médicos, uma enfermeira e o próprio secretário local de
Saúde.
Há camas sobrando somente no quarto da enfermeira e do secretário municipal.
Além de dividir o quarto, o cubano terá de fazer pequenas viagens todos os
dias. Da casa compartilhada ao posto de saúde da zona rural são 15 km em estrada
de terra.
Se o cubano não se adaptar à casa --que terá incluído o serviço de cozinheira
e faxineira--, a prefeitura diz que alugará outro imóvel.
Em Araci (BA), o pastor Claudio Souza, 39, aproveita para já fazer o convite:
"Receberei os dois aqui com o maior prazer". Seu templo evangélico --da Igreja
Mundial do Poder de Deus-- fica em frente à casa dos cubanos.
"É uma poluição sonora. Mesmo estando em casa, a gente literalmente participa
dos cultos", afirma a médica Tamillys Figueiredo, 26, que mora na casa.
Em Prudente de Morais (MG), a prefeitura alugou uma casa na zona urbana, a
cerca de 3 km do distrito onde o médico vai trabalhar.
É um imóvel cercado de muros altos, com quintal e mangueira carregada de
frutas. Além de moradia, a prefeitura mineira vai oferecer um carro para levar e
buscar o médico no posto de saúde.
Em Tucano (BA), a prefeitura diz que a moradia dos três cubanos (duas
mulheres e um homem) ainda não foi escolhida, mas o local, sim.
Ficará em outro distrito: Caldas do Jorro, destino turístico da região,
famoso pelas águas quentes, limpas e de valor medicinal. A noite é badalada, e o
prato típico é o bode.
Folhaonline
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