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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sindicato questiona formação de médicos e chama cubanos de "mercenários"

Arte UOLA coluna semanal do Sindicato dos Médicos de Alagoas, publicada nos jornais do Estado neste domingo (15), questiona se os profissionais cubanos que começam a atuar no próximo dia 22 no Brasil são realmente formados em medicina. O artigo, que ainda chama os cubanos de "mercenários" e "escravos".
 
Saiba qual a proporção de médicos em cada Estado e o panorama em outros países
 
 
Segundo a coluna, "alguns até podem ser médicos. A maioria, ninguém sabe".
 
"Que venham os cubanos, mercenários que aceitam ser escravizados, trabalhando apenas por casa e comida, para ajudar a manter a ditadura em Cuba. Muitos vêm com vontade de ficar, de engravidar uma brasileira e enterrar Cuba no passado", afirma o texto.
 
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, o questionamento nos jornais foi feito pela suposta não apresentação de documentos dos profissionais que chegaram ao país.
 
O sindicalista diz que o mesmo questionamento é feito por entidades médicas da Venezuela e Bolívia -que também contam com atuação de cubanos.
 
"Eu tive uma reunião com entidades de Bolívia e Venezuela, e foi levantada essa falta de certeza se alguns são médicos", disse ao UOL, neste domingo.
 
Outro questionamento do sindicalista, que já foi vice-presidente da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), é o desconhecimento apresentado pelos profissionais cubanos, durante visita a unidades de saúde brasileiras.
 
"Eles foram ao posto, conversaram com a médica, em Vitória de Santo Antão [em PE, onde muitos foram treinados], e não conheciam nenhum medicamento. Ou seja, que médico é esse que vem que não conhece remédio? Como é que Cuba, uma ilha tão pequena, está produzindo tanto médico? São 7.000 na Bolívia, 25.000 na Venezuela, 4.000 no Brasil. Como pode forma em larga escala para exportar a ainda atender ao seu povo?", questionou.
 
Para Galvão, porém, é difícil conseguir questionar judicialmente a formação superior dos profissionais que chegaram ao país. "É difícil, pois eles não vêm com documento. Dão só nome. E quem prova que são médicos? Para gente, pela lei brasileira, só é que faz o Revalida", disse.
 
Sobre a classificação de que os cubanos "mercenários", feita na coluna deste domingo, o sindicalista disse que quis se referir ao regime de trabalho a que se submetem os cubanos.
 
"São mercenários porque aceitam ser escravos para financiar a ditadura. Eles vão trabalhar sem receber nada. Ao todo, são R$ 12.000 gastos pelo nosso governo, já que ainda além da bolsa de R$ 10.000, tem uma ajuda de custo de R$ 2.000 para as prefeituras", afirmou.
 
Ao fim do artigo, o sindicato ainda deseja "boa sorte" aos médicos estrangeiros --que chegaram neste fim de semana aos Estados onde vão trabalhar-- e à população, "pois vão precisar de muita".
 
Resposta
O Ministério da Saúde disse que o sindicato está "mal informado" e negou que exista qualquer médico sem formação superior, garantindo que, além do curso de medicina, 100% têm especialização em medicina familiar e comunitária. Desse total, 20% ainda têm mestrado na área.
 
O órgão ainda disse que está aberto para dar qualquer esclarecimento às instituições, mas afirmou que não iria entrar em polêmica sobre as declarações do presidente do sindicato alagoano.

Sobre recursos, o ministério explicou que repassa 100% dos valores à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), que fará o repasse ao governo cubano. Por sua vez, o Ministério da Saúde cubano se comprometeu a repassar entre 40% a 50% da bolsa diretamente aos médicos.
 
Além disso, os profissionais ainda terão moradia e alimentação, e os familiares do médico que ficaram em Cuba seguirão sendo assistidos pelo governo local.
 
BOL

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