Mais de 20 milhões de brasileiros adultos sofrem de azia, segundo estudo publicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Isso corresponde a 15% da população brasileira acima dos 20 anos, de acordo com dados de 2013 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Queimação no trajeto do esôfago e gosto ácido na boca são os sintomas mais comuns da azia. Mas também podem surgir outros sintomas, como crises de asma noturna, tosse e até dores no peito que às vezes podem parecer o início de um ataque cardíaco.
"A azia é causada, muitas vezes, pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago", explica o gastroenterologista Silvio Gabor, professor de Cirurgia Geral e do Trauma da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa).
Queimação no trajeto do esôfago e gosto ácido na boca são os sintomas mais comuns da azia. Mas também podem surgir outros sintomas, como crises de asma noturna, tosse e até dores no peito que às vezes podem parecer o início de um ataque cardíaco.
"A azia é causada, muitas vezes, pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago", explica o gastroenterologista Silvio Gabor, professor de Cirurgia Geral e do Trauma da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa).
Esse refluxo é causado pelo mau funcionamento do esfíncter, uma espécie de válvula que se abre para o alimento passar do esôfago para o estômago, fechando-se em seguida. Quando ele não funciona direito, o conteúdo ácido pode escapar do estômago, causando a típica sensação de queimação.
Se não for tratado, esse refluxo pode causar problemas mais sérios, como ulcerações no esôfago, diminuição do diâmetro esofágico causada por cicatrização de úlceras e o chamado esôfago de Barrett, caracterizado por alterações específicas da mucosa do esôfago e aumento da probabilidade de câncer.
O refluxo gástrico, causador da azia, é um problema que vem se tornando cada vez mais comum. Um estudo norueguês, publicado no periódico científico Gut (International Journal of Gastroenterology and Hepatology) no ano passado, revelou que o número de pessoas que sofrem de refluxo pelo menos uma vez por semana subiu quase 50% nos últimos dez anos.
"Uma explicação para o refluxo de ácido cada vez mais comum pode ser o aumento do número de pessoas com excesso de peso e obesos. Estar acima do peso é um fator de risco para o refluxo ácido", alerta Gabor.
Alimentação da pesada
Vários fatores podem contribuir para o refluxo e, consequentemente, para a sensação de azia. Porém, o principal deles é a alimentação. Alimentos excessivamente temperados ou gordurosos, frutas cítricas, tomate e molho de tomate, cafeína e refrigerantes são os maiores vilões.
"Este grupo de alimentos é associado a uma maior chance de surgimento da azia", diz o gastroenterologista Laercio Tenório Ribeiro, membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
Se não for tratado, esse refluxo pode causar problemas mais sérios, como ulcerações no esôfago, diminuição do diâmetro esofágico causada por cicatrização de úlceras e o chamado esôfago de Barrett, caracterizado por alterações específicas da mucosa do esôfago e aumento da probabilidade de câncer.
O refluxo gástrico, causador da azia, é um problema que vem se tornando cada vez mais comum. Um estudo norueguês, publicado no periódico científico Gut (International Journal of Gastroenterology and Hepatology) no ano passado, revelou que o número de pessoas que sofrem de refluxo pelo menos uma vez por semana subiu quase 50% nos últimos dez anos.
"Uma explicação para o refluxo de ácido cada vez mais comum pode ser o aumento do número de pessoas com excesso de peso e obesos. Estar acima do peso é um fator de risco para o refluxo ácido", alerta Gabor.
Alimentação da pesada
Vários fatores podem contribuir para o refluxo e, consequentemente, para a sensação de azia. Porém, o principal deles é a alimentação. Alimentos excessivamente temperados ou gordurosos, frutas cítricas, tomate e molho de tomate, cafeína e refrigerantes são os maiores vilões.
"Este grupo de alimentos é associado a uma maior chance de surgimento da azia", diz o gastroenterologista Laercio Tenório Ribeiro, membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
Ele ainda aponta que as pessoas têm sensibilidades diferentes (algumas podem sentir azia mesmo após consumir pequenas quantidades desses alimentos) e que outras, como os portadores da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), podem ter essa sensação de queimação após consumir os mais diversos alimentos - até mesmo um biscoito cream cracker.
"Não há, a priori, nenhum alimento absolutamente proibido. Cada um deve evitar comer o que desencadeia seu sintoma", conta Ribeiro.
Queimação constante
Mas nem sempre a comida ou a bebida são as responsáveis pela queimação. "O problema pode ser um sintoma de pirose funcional, situação em que a azia não acontece em decorrência de refluxo ácido, ou a esofagite eosinofílica, uma doença inflamatória do esôfago, por exemplo", diz Ribeiro.
Além disso, sentir azia constantemente pode ser sinal da Síndrome do Refluxo Ácido ou Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). "A doença do refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago sobe para o esôfago frequentemente determinando sintomas capazes de impedir que o indivíduo leve uma vida normal", aponta o gastroenterologista Drausio Jeferson de Morais, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Mudança de hábitos
Existem vários medicamentos que ajudam a aliviar a sensação de azia e a tratar o refluxo. Mas o melhor remédio contra a queimação é a mudança de hábitos.
A principal alteração deve ocorrer na alimentação - no que se come e em como se come. Controlar o consumo de alguns alimentos ajuda a evitar crises de azia. Frituras, frutas ácidas, condimentos e embutidos devem ser consumidos com muita moderação, ou até mesmo evitados.
Outra dica importante é não exagerar: nem para mais, nem para menos. Comer demais ou passar longos períodos em jejum aumenta as chances de azia. Isso porque comer demais pode "superlotar" o estômago, aumentando o risco do suco gástrico atingir o esôfago. Por outro lado, quando o estômago fica vazio, o ácido gástrico se acumula e pode refluir, irritando o final do esôfago.
"O ideal é fazer mais refeições ao dia, com menores quantidades de cada vez. Dessa maneira, evita-se aumentar muito a pressão dentro do estômago, o que favorece o refluxo", explica Ribeiro.
Existem ainda outros hábitos que a pessoa que sofre de azia pode adotar para evitar o problema. Um exemplo é não ingerir bebida alcoólica e não fumar, pois isso estimula o refluxo.
Mas nem sempre a comida ou a bebida são as responsáveis pela queimação. "O problema pode ser um sintoma de pirose funcional, situação em que a azia não acontece em decorrência de refluxo ácido, ou a esofagite eosinofílica, uma doença inflamatória do esôfago, por exemplo", diz Ribeiro.
Além disso, sentir azia constantemente pode ser sinal da Síndrome do Refluxo Ácido ou Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). "A doença do refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago sobe para o esôfago frequentemente determinando sintomas capazes de impedir que o indivíduo leve uma vida normal", aponta o gastroenterologista Drausio Jeferson de Morais, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Mudança de hábitos
Existem vários medicamentos que ajudam a aliviar a sensação de azia e a tratar o refluxo. Mas o melhor remédio contra a queimação é a mudança de hábitos.
A principal alteração deve ocorrer na alimentação - no que se come e em como se come. Controlar o consumo de alguns alimentos ajuda a evitar crises de azia. Frituras, frutas ácidas, condimentos e embutidos devem ser consumidos com muita moderação, ou até mesmo evitados.
Outra dica importante é não exagerar: nem para mais, nem para menos. Comer demais ou passar longos períodos em jejum aumenta as chances de azia. Isso porque comer demais pode "superlotar" o estômago, aumentando o risco do suco gástrico atingir o esôfago. Por outro lado, quando o estômago fica vazio, o ácido gástrico se acumula e pode refluir, irritando o final do esôfago.
"O ideal é fazer mais refeições ao dia, com menores quantidades de cada vez. Dessa maneira, evita-se aumentar muito a pressão dentro do estômago, o que favorece o refluxo", explica Ribeiro.
Existem ainda outros hábitos que a pessoa que sofre de azia pode adotar para evitar o problema. Um exemplo é não ingerir bebida alcoólica e não fumar, pois isso estimula o refluxo.
"O fumo, bem como o álcool, atua relaxando a válvula que impede que o conteúdo do estômago suba para o esôfago. Assim, essas substâncias podem levar o indivíduo a ter azia", aponta Morais.
Além disso, o estresse também pode contribuir para deflagrar ou agravar a sensação de queimação.
"Situações de estresse podem causar modificações funcionais (motoras, secretoras etc.) no aparelho digestivo que podem favorecer o refluxo gastroesofagiano e, desta maneira, fazer surgir ou piorar a azia", afirma Ribeiro.
Uol
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