O alto gasto calórico e os movimentos que aceleram a definição dos músculos
estão transformando o pole dance -performática mistura de resistência e
requebrado em uma barra vertical- em uma modalidade cada vez mais procurada para
turbinar os resultados da malhação.
Editoria de Arte/Folhapress |
Conhecido como pole fitness, o pole dance idealizado para manter a forma
conta com uma federação que agora quer o reconhecimento da modalidade como
esporte.
Quem se esforça no vai e vem em volta do poste queima até 400 calorias por aula.
"Logo depois de começar já deu para sentir diferença na definição do corpo.
Nos braços e no abdome fica perceptível rapidamente", diz a professora de
educação física Valéria Castro, 32, que faz aulas há um ano e meio.
O pole fitness começou nos estúdios especializados, mas já divide espaço com
o spinning e a ginástica localizada nas academias comuns.
Em São Paulo, a rede Competition começou as aulas no mês passado na unidade
da Oscar Freire. O objetivo é testar a receptividade dos alunos antes de
expandir.
"As mulheres chegam com cara de assustadas. Mas não demora muito e elas se
soltam e já percebem que é preciso mesmo pouca roupa para se equilibrar na
barra", diz Mahu Biorochafaske, instrutora da academia.
O sucesso da modalidade também chegou às redes sociais, que têm uma enxurrada
de fotos de gente orgulhosa com os novos músculos e as acrobacias no poste,
demonstradas na rua mesmo.
Da avenida Paulista ao metrô de Tóquio, uma busca rápida por #polefit,
#polefitness ou #polestreet no Instagram (rede de compartilhamento de fotos)
encontra milhares de retratos de quem se equilibra no poste.
A sequência intensa de exercícios já descaracterizados da conotação sensual
da dança também tem atraído os homens, ainda que em menor número.
"Tem poucos homens, mas eu não fico intimidado. Não tenho vergonha nenhuma",
diz, rindo, Alan Makoto, 22, que começou a fazer aulas de pole fitness na
academia há um mês. Ele diz que já notou ter mais firmeza e facilidade nos
movimentos. "Mas não é fácil. A barra escorrega."
"Pessoas com tendinite e problemas na articulação e na coluna precisam de
muito cuidado. A atividade não é recomendada para quem tem labirintite", diz o
conselheiro do Confef (Conselho Federal de Educação Física) Marcelo Miranda.
O começo é difícil. Três dias após a primeira aula, a estudante Julia Ribeiro, 20, sentia dores. "É bom porque sei que está trabalhando [a musculatura]. Mas mal consigo levantar o braço."
O começo é difícil. Três dias após a primeira aula, a estudante Julia Ribeiro, 20, sentia dores. "É bom porque sei que está trabalhando [a musculatura]. Mas mal consigo levantar o braço."
Segundo a professora de pole dance Renata Wilke, que dá aulas na Vila Madalena, as dores vão diminuindo e a atividade vai ficando cada vez mais prazerosa.
"A diversão e o relaxamento são parte muito importante. É por isso que o pole
fitness conquista muita gente que não gosta de academia."
Foi assim com a carioca Renata Alfinito, 22, que sempre acabava desestimulada
com os exercícios. Além de ter incorporado o pole fitness como principal maneira
de manter a forma, ela agora participa de campeonatos.
"Quando digo que faço pole dance, muitos olham torto até que eu explique.
Faço questão de falar da luta pelo reconhecimento [da modalidade] como esporte."
Folhaonline
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