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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Médico denuncia situação precária no Marajó

Fotos: Paulo Marcelo Braga
Consultório do posto de saúde em Salvaterra
Falta de medicamento e médicos plantonistas, intimidação com os funcionários e ameaças. Essas são alguns dos problemas relatados na denúncia feita ao Diário Online (DOL) sobre a situação dos postos de saúde do município de Salvaterra, no arquipélago do Marajó.
 
Segundo o médico do município, Paulo Marcelo Braga, a situação no local é precária. “Uma das piores situações é na vila de Condeixa. No local, uma tenda foi montada, onde a separação é uma cortina. Toda a ética profissional é quebrada, já que o que falamos para o paciente, a pessoa que está ao lado escuta”, afirma.
 
Segundo Paulo, os enfermeiros também estão tendo que acumular funções. “Os enfermeiros ficam com medo. Eles tem que fazer ações fora do horário e se não quiserem participar são ameaçados de demissão. Eles querem que os profissionais trabalhem 12h, para receber R$ 100, o que é um absurdo e se eles não se recusarem, são ameaçados”.
 
Ainda de acordo com o médico, dentistas estão trabalhando sem assistentes e tendo que fazer eles próprios serviços como esterilização de equipamentos.
 
As denúncias foram protocoladas nos conselhos regionais de medicina e odontologia.
 
Armário com poucos medicamentos na unidade de saúde,
na Vila de Condeixa
A denúncia aponta ainda que o prefeito do município, Valentim Lucas de Oliveira (PSDB), recebeu verbas para reformas e ampliações dos postos de saúde e também para a construção da sala de reanimação do Hospital Municipal. “Ele já recebeu o dinheiro e até agora nada foi feito”, diz Paulo.
 
Após a denúncia, o DOL entrou em contato com a secretária municipal de Saúde, Leila Cristina Freitas Marques, que negou todas as acusações.

“Todas essas acusações estão sendo feitas porque acabou o contrato com o médico Paulo e a prefeitura não quis renovar”, afirma. À reportagem, o médico informou que não foi informado oficialmente sobre o fim do contrato. 
 
“Eu desconheço essa questão de falta de medicamento. Todos os pedidos de medicamentos são enviados para os postos”, diz Leila. Quanto à denúncia das ameaças dos enfermeiros, ela diz que “os profissionais recebem R$ 3.090 líquidos. Quanto aos plantões, fica a critério de cada um escolher se quer ou não”. Porém, a secretária não confirmou o valor pago por plantão.
 
Leila disse inda que a prefeitura não recebeu verba para construir a sala de estabilização. “O que recebemos foi para a ampliação dos postos e isso está sendo feito em nove postos de saúde”, finaliza.
 
DOL

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