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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Identificar falhas nos procedimentos melhora níveis de infecção nos hospitais

Pesquisa realizada em 71 hospitais americanos mostra que as práticas existem, mas nem sempre são aplicadas
 
A identificação de falhas nas práticas de prevenção da infecção hospitalar pode resultar em oportunidades para a melhoria da segurança do paciente, de acordo com uma pesquisa publicada na edição de novembro do American Journal of Infection Control.

A Ascension Health, maior sistema de saúde sem fins lucrativos dos Estados Unidos, com hospitais e estabelecimentos de saúde em 23 estados e no Distrito de Columbia, realizou uma pesquisa com 96 perguntas em 71 de seus hospitais membros para avaliar os processos de controle de infecção do trato urinário ocasionadas pelo uso de cateter (CAUTI), Infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter venoso central (ICS-RC), pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), e fatores associados à Infecção de Sitio Cirúrgico (SSI). As perguntas do inquérito focavam políticas para a colocação e manutenção de dispositivos, procedimentos cirúrgicos, avaliação das competências de profissionais de saúde, e de resultados.

De acordo com os resultados da pesquisa, a maioria dos hospitais tinham políticas de prevenção de infecção no local para o uso de dispositivos, cirurgia, higiene das mãos e organismos multirresistentes. No entanto, apenas 28 dos 71 (39,4%) relataram ter políticas relacionadas com a administração de antimicrobianos. O uso apropriado de antibióticos é necessário para prevenir a resistência â estes medicamentos.

Além disso, a pratica para reduzir o risco dispositivo variou entre hospitais. Por exemplo, a utilização de scanners de bexiga para avaliar a retenção urinária foi mais encontrada em hospitais de médio e grande em comparação com os menores. Enquanto mais de três quartos dos hospitais tinham um protocolo para determinar a necessidade de um cateter urinário, apenas uma minoria dos enfermeiros (26,8%) e técnicos de atendimento ao paciente (11,3 %) recebeu o treinamento anual sobre como colocar corretamente e manter cateteres urinários.

Para reduzir o risco de CLABSI, 94,4 % dos hospitais relataram o uso de uma lista de verificação de inserção. No entanto, de acordo com a pesquisa, apenas 59,2% usaram a lista em mais de 90% do tempo e apenas 40,8% dos hospitais ofereceram o treinamento anual para os enfermeiros na colocação e manutenção de cateteres venosos. Muito poucos hospitais usaram lembretes eletrônicos para ajudar os enfermeiros (8,5%) e médicos (1,4%) a avaliarem a necessidade de cateter.

As taxas de SSI, ferramenta essencial para ajudar os cirurgiões a priorizar esforços de prevenção da infecção, foram calculadas e discutidas com os cirurgiões em apenas dois terços dos hospitais.

A conclusão da pesquisa sugere que os hospitais avaliem individualmente as suas políticas, processos e práticas antes da execução, para estabelecer uma linha para fins de comparação, baseando as ações nas lacunas identificadas. "Acreditamos que identificar as lacunas e enfrentá-las como um sistema vai ajudar a levar à melhorias significativas em termos de segurança para os pacientes," completam os pesquisadores.
 
Isaude.net

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