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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Uso combinado de álcool e medicamentos: conheça os riscos

O álcool é uma substância que causa dependência química e psíquica, chamada popularmente de alcoolismo.
 
No mundo, a doença causada pelo álcool preocupa os sistemas de saúde. Estima-se que o número de dependentes está entre 10 e 15% da população mundial. No Estado de São Paulo, por exemplo, pelo menos 1 milhão de pessoas sofrem desse mal. Dados do Ministério da Saúde - fevereiro de 2013 - mostram que 21% dos acidentes no trânsito estão relacionados ao uso de álcool e 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram bebida alcoólica.

O álcool é um depressor do sistema nervoso central que reduz a atividade dos neurônios no cérebro e pode potencializar a ação de certas substâncias, elevando o risco de perda da coordenação motora e mental.

O uso crônico pode causar algumas complicações, como: arritmias, pneumonias, hipertensão, úlceras gástricas, pancreatite, cirrose, infiltração gordurosa no fígado, hepatite alcoólica, delírios por abstinência alcoólica, demência alcoólica e impotência.

A grande maioria dos medicamentos é metabolizada por enzimas do fígado (citocromo P450) que também têm a função de processar o etanol, por isso, a combinação é contraindicada.

Confira  algumasclasses de medicamentos e as alterações do uso em conjunto com álcool:

Antibióticos
Metronidazol, tinidazol, cetoconazol, nitrofurantoina, rifampicina e isoniazida, por exemplo, são utilizados para tratar infecções. O álcool pode comprometer a ação, inibindo o efeito. A interação dessas substâncias com o álcool pode provocar dor de cabeça, palpitação, vômito, queda da pressão e desmaios.

Antidepressivos
São utilizados no tratamento da depressão, transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) e do pânico. A interação dessas substâncias com álcool pode inibir o efeito do remédio e aumentar o efeito sedativo.

Analgésicos e anti-inflamatórios
Utilizados no tratamento da dor e inflamações. A interação dessas substâncias com o álcool pode potencializar o efeito da bebida, provocar irritação, sangramento e desconforto estomacal e danos ao fígado.

Ansiolíticos
Utilizados no tratamento da ansiedade e da insônia. A combinação entre álcool e benzodiazepínicos é a mais explosiva, pois desencadeia sedação, falta de coordenação e prejuízo da memória. Pode também causar insuficiência respiratória, aumentar o efeito sedativo e o risco de coma, com risco grave de acidentes.

Anticonvulsivantes
Utilizados no tratamento de convulsões. A interação dessas substâncias com álcool pode ocasionar dificuldade respiratória, tontura e intoxicação.

Anti-hipertensivos
Empregados no tratamento da hipertensão arterial (pressão alta). A interação dessas substâncias com o álcool pode ocasionar tontura, desmaio e arritmia cardíaca.

Anti-histamínicos
Usados para tratamento de alergias, muitas vezes provocam sonolência. A combinação com o álcool pode agravar esse efeito colateral, deixando o paciente ainda mais sonolento e afetando a coordenação motora.

Existe tratamento medicamentoso para dependência do álcool, que deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico.

Paraná Centro

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