
Os manifestantes estenderam uma faixa com mais de 10 metros de comprimento no
prédio do hospital com a frase "SOS Andaraí". A Rua Gastão Penalva, que dá
acesso ao hospital, foi interditada por policiais militares o que complicou o
trânsito no entorno do bairro e atrapalhou quem tentava chegar à unidade de
saúde.
De acordo com o presidente do corpo clínico do hospital, Cláudio Pimenta
Moraes, a unidade de saúde vem sofrendo com a falta de material hospitalar, com
a área de emergência saturada, pacientes atendidos nos corredores, elevadores
quebrados e obras interrompidas. "Nós estamos diante de uma situação calamitosa.
A emergência está funcionando de maneira precária e temporária, em uma região de
ambulatório com dois anexos que foram construídos para tentar resolver o
problema”, ressaltou.
Pimenta Moraes destacou que essas eram obras temporárias que “vêm se
perpetuando ao longo do ano”. Ele acrescentou que falta material hospitalar e
“diversas cirurgias estão sendo desmarcadas em função disso. Quem vêm aqui
esperando ser atendido infelizmente tem que contar com a sorte", disse ele.
O médico também informou que a paralisação de hoje afetou as cirurgias de rotina
e os ambulatórios, mas o atendimento do setor de emergência funcionou
normalmente. "Estamos tentando chamar a atenção da sociedade para esse crime que
está sendo cometido contra a saúde da nossa cidade.
Queremos movimentar os
profissionais e chamar a atenção para a falta de ação da estrutura pública e
isso só prejudica a população" concluiu.
O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Sidnei Ferreira,
defendeu a necessidade de novos concursos em caráter emergencial para a
contratação de médicos e enfermeiros, com o objetivo de atender a demanda da
população. Segundo ele, os problemas que os hospitais enfrentam são crônicos e
amplamente denunciados. Ferreira disse que o fato é conhecido do Ministério da
Saúde. “Somente com pessoal qualificado e obras sérias de infraestrutura
reverteremos esse quadro".
Até o fechamento dessa matéria, o Ministério da Saúde e a direção do Hospital
do Andaraí não haviam se pronunciado sobre o assunto.
Agência Brasil
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