Reprodução Daily Mail
A doença já matou mais de 1.500
pessoas na África Ocidental
|
Cerca de meio bilhão de dólares serão necessários para financiar medidas de combate à doença
A OMS (Organização Mundial da Saúde) advertiu nesta quinta-feira (28)
que o número de pessoas afetadas pelo vírus do ebola pode subir para 20
mil nos próximos nove meses e projetou que cerca de meio bilhão de
dólares serão necessários para financiar os esforços com o objetivo de
interromper a disseminação da doença.
Em documento publicado nesta quinta-feira, a agência de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) disse que o surto da doença "continua a se acelerar". Mais de 40% dos casos relatados surgiram nas últimas três semanas, diz o relatório.
Autoridades de saúde dos quatro países afetados ― Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa ― relataram 3.069 casos da doença desde o início do surto, em dezembro. O ebola é causado por um vírus que provoca febre tão alta que leva à perfuração de vasos sanguíneos e, consequentemente, a hemorragia interna. A doença, para a qual não existe vacina ou tratamento comprovado, já matou 1.552 pessoas.
"Isso ultrapassa em muito os números qualquer outro surto de ebola. O maior surto registrado anteriormente foi de 400 casos", disse o doutor Bruce Aylward, diretor-geral assistente para emergências operacionais da OMS, aos jornalistas. "Não estamos dizendo que esperamos 20 mil casos", declarou ele. "Mas temos de ter um sistema implantado para que possamos lidar com números robustos.
Em documento publicado nesta quinta-feira, a agência de saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) disse que o surto da doença "continua a se acelerar". Mais de 40% dos casos relatados surgiram nas últimas três semanas, diz o relatório.
Autoridades de saúde dos quatro países afetados ― Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa ― relataram 3.069 casos da doença desde o início do surto, em dezembro. O ebola é causado por um vírus que provoca febre tão alta que leva à perfuração de vasos sanguíneos e, consequentemente, a hemorragia interna. A doença, para a qual não existe vacina ou tratamento comprovado, já matou 1.552 pessoas.
"Isso ultrapassa em muito os números qualquer outro surto de ebola. O maior surto registrado anteriormente foi de 400 casos", disse o doutor Bruce Aylward, diretor-geral assistente para emergências operacionais da OMS, aos jornalistas. "Não estamos dizendo que esperamos 20 mil casos", declarou ele. "Mas temos de ter um sistema implantado para que possamos lidar com números robustos.
"O que vemos hoje, em contraste com surtos anteriores de ebola, são
vários pontos com infectados nesses países e não um surto numa única e
remota área de floresta, o tipo de ambiente com o qual tínhamos de lidar
no passado. Por fim, não são apenas vários pontos de infecção em um
país, mas sim uma doença internacional." Outra questão, lembrou ele, é a
dificuldade em lidar com o ebola em cidades grandes e áreas amplas.
A OMS, cuja sede fica em Genebra, disse em seu relatório ― considerado um roteiro para confrontar o ebola ― que é necessário melhorar as instalações laboratoriais e aumentar o número as equipes com mais experiência para conter o surto. A infraestrutura de saúde pública também precisa ser melhorada para lidar com futuras ameaças.
O roteiro apresentado pela OMS presume "que em muitas áreas de transmissão intensa, o número verdadeiro de casos pode ser quatro vezes maior do que o registrado atualmente". O relatório pede o estabelecimento de centros de isolamento para infectados pelo ebola e que o sepultamento das vítimas que seja supervisionados por especialistas, entre outras medidas mais específicas para conter a doença.
Segundo a agência da ONU, levar especialistas em saúde para as regiões
afetadas pelo surto é uma prioridade urgente. O órgão, porém, lembrou
que isso tem se tornado mais difícil depois de companhias aéreas
internacionais terem suspendido voos para alguns dos quatro países
afetados. Aylward disse que a agência está pedindo às companhias aéreas
que levantem a maior parte de suas restrições de viagem, já que uma
ligação aérea previsível é necessária para lidar com a crise.
O programa da OMS deve custar por volta de US$ 490 milhões e exigir contribuições de governos regionais, da ONU e de organizações não governamentais, assim como de organizações humanitárias.
O programa da OMS deve custar por volta de US$ 490 milhões e exigir contribuições de governos regionais, da ONU e de organizações não governamentais, assim como de organizações humanitárias.
Priscila Arone, com informações da Associated Press e da Dow Jones Newswires
Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário