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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Contadores de histórias amenizam tratamento de crianças com câncer no Rio

Representantes do Instituto Rio de Histórias visitaram ontem (28), Dia Nacional do Voluntariado, o Hospital Estadual da Criança, voltado para cirurgias de média e alta complexidade  tratamento de crianças com câncer

Na visita, voluntários do instituto, que faz parte da Associação Viva e Deixe Viver, contaram histórias para as crianças internadas. O objetivo é alegrar o ambiente e mudar o cenário do hospital, situado em Vila Valqueire, na zona norte do Rio.

O projeto faz parte da rotina do Hospital da Criança desde a sua inauguração, em março do ano passado, e tem contribuído para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus pais, diz a médica oncologista pediátrica Patrícia Moura, responsável pelo serviço. Além do Rio de Histórias, duas organizações não governamentais (ONGs), a Trupe Miolo Mole e a Sorrisoterapia estão presentes todas as semanas na unidade de saúde, que conta com um grupo de apoio às famílias dos pacientes formado por psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e recreadores.

De acordo com a médica, contar histórias ajuda a reduzir o peso do tratamento das 75 crianças que estão internadas e fazem quimioterapia na unidade. "É um momento em que elas esquecem um pouco da doença, do tratamento, das agulhas e voltam a viver a realidade de uma criança que não está passando por um problema como esse",  disse Patrícia. Para ela, isso torna o tratamento mais fácil, menos sofrido. A unidade dispõe ainda de uma brinquedoteca móvel e promove diversas outras atividades, informou a médica hospital.

No decorrer do ano, os voluntários contadores de história visitam 24 hospitais na capital fluminense. De acordo com a fundadora do Rio de Histórias, Regina Porto, pesquisas mostram que esse tipo de atividade melhora o tratamento das crianças. "Pesquisas mostram que, com trabalhos de humanização nos hospitais, diminui a ingestão de remédios, as crianças esquecem um pouco da dor, do ambiente onde estão", ressaltou Regina. Segundo ela, atualmente, trabalhos voluntários voltados para a humanização na saúde são monitorados e sabe-se qual é o resultado antes e depois desse tipo de intervenção.

Uma das pacientes do Hospital da Criança é Sofia Queiroz, de 4 anos. Natural de Manaus, Sofia tem uma doença muito agressiva e rara, rabdomiossarcoma parameníngeo esquerdo, e já terminou o tratamento. Ela passa agora pelos procedimentos finais para entrar no controle por medicamentos orais. A mãe de Sofia, Lorena Cristal de Almeida Borel, conta que, no mês passado, elas foram para casa e a menina sentiu falta do hospital.

"Passamos 17 dias em Manaus e ela sempre perguntava: 'mamãe, quando a gente vai voltar?'. Ela adora e todo mundo gosta dela. As histórias dos contadores têm ajudado muito no tratamento dela e de outras crianças. Os palhaços da alegria também ajudam muito. As pessoas aqui se doam muito", enfatizou Lorena.

Adriele Sampaio da Silva é mãe de Lorena, de 7 anos, portadora de leucemia LMA, que está internada há um ano e um mês no hospital. "A Lorena gosta bastante das histórias e, quando o contador vem ao hospital, não deixa ele sair enquanto não contar umas três vezes a do Pinóquio, que é o preferido dela." Lorena confirmou que gosta de brincar e que a história preferida é a do Pinóquio. "Eu gosto de escutar a história do tio, é muito divertida. E eu vou ficar boa", afirmou.

Agência Brasil

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