Um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, afirma que a insônia infantil e infanto-juvenil pode estar relacionada a fatores genéticos. Os resultados foram publicados na edição de janeiro da revista Sleep.
A pesquisa indicou que, entre os oito e os 10 anos, as crianças são de 33% a 38% mais suscetíveis a ter insônias causadas pela genética. Entre 14 e 15 anos, o índice de hereditariedade caiu para 14% a 24%.
— Fomos surpreendidos pelo fato de que a genética não era estável ao longo do tempo, de modo que a influência de genes depende do estágio de desenvolvimento da criança ou do adolescente — destacou o autor do estudo, Philip Gehrman.
A pesquisa define como insônia as dificuldades em iniciar ou manter o sono, ou acordar mais cedo do que o desejado. As crianças com insônia podem ter resistência a ir para a cama em um horário adequado ou ter dificuldades para dormir sem a intervenção de um dos pais ou responsável. Um transtorno de insônia resulta em sintomas diurnos, tais como fadiga, irritabilidade ou problemas comportamentais, explicam os pesquisadores.
— Estes resultados são importantes porque vimos que as causas da insônia podem ser diferentes em adolescentes e crianças. Assim, eles podem precisar de diferentes abordagens de tratamento — disse Gehrman.
O grupo de estudo foi composto por 1.412 pares de gêmeos que estavam entre as idades de oito e 18 anos.
Zero Hora
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