Futuramente, seu veneno poderá ajudar no tratamento da doença de alzheimer.
Adrian Pingstone
Monstro de gila
De nome científico Heloderma suspectum, este animal, conhecido como monstro de gila, é um dos únicos lagartos (juntamente com o Heloderma horridum) venenosos do mundo. Normalmente, ele habita as regiões desertas do sudoeste dos EUA e noroeste do México.
Considerado o maior lagarto-norte americano, ele pode chegar a 20 anos de idade. Seu corpo é coberto por brilhantes escamas que formam desenhos em tons pretos, amarelos, laranjas e rosas. Mesmo habituado a locais de clima quente, eles não são muito fãs do calor. Isso porque sua cor preta, ao ser atingida pelo sol, provoca o aquecimento excessivo do seu corpo os deixando incomodados.
Seus hábitos variam de acordo com as estações. Durante os meses mais quentes, sua rotina é noturna, já no inverno, eles hibernam – utilizando a gordura que acumulam ao longo de sua cauda.
A alimentação desses animais é bem variada, indo de aves até outros lagartos e camundongos. Porém, o que eles mais gostam é devorar ovos e animais recém-nascidos. Para encontrar ninhos e tocas, eles passam a língua no chão, para frente e para trás, até sentirem o cheiro de suas presas.
Sobre o seu veneno, os efeitos são imediatos e causam bastante dor (apesar de não serem fatais). Entretanto, eles não mordem por acaso, apenas quando se sentem ameaçados. Essas mordidas vêm sempre acompanhadas de certas quantidades de veneno.
Jeff Servoss
Monstro de gila
Monstro de gila
Não é possível designar machos e fêmeas pela sua forma física, apenas por seu comportamento. Na estação de acasalamento (que ocorre uma vez por ano, no verão) eles se tornam mais ativos com a elevação da temperatura e passam a investigar todo o movimento ao seu redor. Após isso, formam-se os pares e o coito é realizado. A fêmea demora de uma a duas semanas para desovar. Antes disso, o macho deve ser retirado de perto dela para evitar possíveis ataques aos ovos.
Por volta de um mês depois da postura, nasce a ninhada de novos lagartos contendo entre 3 e 15 filhotes. O ciclo reprodutivo das fêmeas parece estar relacionado com a quantidade de alimentos e minerais armazenados em seu organismo. Quando as reservas estão baixas, elas não atraem os machos para acasalar e permanecem sem reproduzir.
Infelizmente, a sobrevivência desses animais vem sendo afetada por dois fatores cruciais. O primeiro deles é pela ampliação das áreas irrigadas para a lavoura - o que determina a redução do seu território – e o segundo pelo consumo de sua carne que teria efeitos afrodisíacos onde é comercializada. No estado do Arizona (EUA), onde se encontram as maiores populações, a coleta é proibida por lei e somente podem ser comercializados animais nascidos em cativeiro.
Analisando as substâncias contidas em sua saliva, os cientistas descobriram um potente composto sintético que pode ser usado no tratamento de diabetes tipo 2. Denominado exenatida, ele age diretamente no pâncreas, imitando os efeitos da incretina - responsável natural pela liberação de insulina após o consumo de alimentos e a posterior elevação de glicose no sangue. Além disso, estudos envolvendo seu veneno poderão comprovar sua possível utilização em tratamentos da doença de alzheimer.
Fonte IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário