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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Portugal: Presença de médicos cubanos não pode ser contestada quando faltam mil médicos de família

O vice-presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), Rui Nogueira, defendeu hoje que não se pode contestar a presença de cerca de 40 médicos cubanos em Portugal quando faltam 1.000 médicos de família.
“Não nos cabe a nós contestar a vinda de colegas de outros países quando há carências e sabemos que faltam 1.000 médicos de família em Portugal. Não nos podemos opor que venham ajudar-nos nesta tarefa”, disse Rui Nogueira, em declarações à agência Lusa.

O primeiro grupo de médicos cubanos chegou a 08 de agosto de 2009, no âmbito de um contrato celebrado entre os governos de Portugal e de Cuba, para prestar cuidados médicos em centros de saúde no Alentejo, Algarve e Ribatejo.

“Continuamos com o mesmo problema de médicos de família e 40 cubanos não resolvem o nosso problema. O que nos preocupa verdadeiramente é a falta de destreza do ministério em colocar os médicos que se vão formando em Portugal”, assinalou.

Rui Nogueira defendeu que neste momento a sua associação está mais preocupada com a formação de 1.000 médicos de família do que com a colocação de 40 colegas estrangeiros.

Tecendo críticas ao sistema de colocação de médicos, o vice-presidente da APMCG considerou “ridículo” o facto dos médicos só poderem ser colocados na região onde concluem o seu internato.

O vice-presidente da APMCG defendeu igualmente que os médicos cubanos “podem ajudar a minimizar os problemas nalguns locais” mas as populações não podem ser ludibriadas chamando aos clínicos cubanos médicos de família.

“A questão coloca-se quando se contratam médicos de família que não tem formação, que não são médicos de família, são médicos indiferenciados que vêm fazer o papel de médicos de família”, sublinhou.

Também em declarações à Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos lamentou a falta de “competências adequadas” dos colegas cubano para exercerem a função.

“São médicos indiferenciados sem a especialidade de medicina geral e familiar, que em Portugal tem quatro anos de curso”, explicou à agência Lusa José Manuel Silva.

De acordo com o bastonário é necessário que esses clínicos tenham “competências específicas porque têm que lidar com situações que vão desde o planeamento familiar à obstetrícia, à pediatria, à geriatria e ao estudo e acompanhamento das famílias”.

Fonte Destak

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