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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O desafio da Governança de TI nos hospitais

Que o segmento de Saúde tem sido visto como uma das meninas dos olhos pelos fornecedores de tecnologia da informação, isto não é novidade para ninguém. Todos sabem que há um mar de oportunidades devido à grande defasagem entre o que a tecnologia pode oferecer e a base instalada neste setor. Com isto, não param de jorrar ofertas de todos os lados prometendo redução de custos, melhoria de qualidade e até mesmo melhores condições para os pacientes.

De fato, potencialmente, tudo isso é verdade, porém, estariam as instituições de saúde preparadas para compreender este momento por que passam e prontas para olhar para este mosaico de ofertas e definir o que é melhor para a instituição frente a tantos outros desafios, incluindo até a própria sobrevivência em alguns casos?

Não basta contratar um gestor para a área de Informática e delegar esperando que tudo se resolva, saída que a maioria tem adotado. Há uma questão até mesmo cultural a ser ultrapassada. Grande parte dos gestores e administradores nos hospitais ainda encaram a TI como um setor complicado de entender e os enxergam somente como a equipe técnica que deve manter o ambiente funcionando. Graças a este ponto de vista, a maioria dos gestores de TI são relegados a questões puramente operacionais.

Por outro lado, devido à enorme demanda operacional que se exige desses gestores, boa parte deles não desenvolveu um pensamento mais estratégico e visão de processos que possam de fato auxiliar as demais áreas e principalmente a alta gestão em seus grandes desafios.

É justamente visando reduzir o enorme “gap” entre a Governança Corporativa e o setor de Informática que surge a Governança de TI. Esta deve permear a organização hospitalar como um todo. Não é comandada simplesmente pelo gestor de TI. Este assume um papel chave nesta estrutura vindo a ser o catalisador desse processo para implementá-la. Porém, a devida Governança de TI é responsabilidade de toda a cadeia de comando do hospital. É parte intrínseca da Governança Corporativa.

A TI precisa sair de um papel coadjuvante e passar a ser assumida como uma verdadeira potência colaborando para que o hospital atinja seus objetivos estratégicos, quer sejam financeiros, quer sejam sociais. Esta não é uma missão da TI apenas, mas sim da Governança Corporativa como um todo, passando a considerar a tecnologia da informação como parte inerente de sua atuação.

A médio prazo, hospitais de sucesso compreenderão os enormes e vitais benefícios que a TI, sob a devida Governança, pode trazer, indo muito além de se manter equipamentos e sistemas operando. Entenderão que o alinhamento das estratégias da Informática com as estratégias de negócio do hospital, construindo relacionamento e efetiva comunicação entre as áreas usuárias e a área de TI poderão colocar o hospital em um diferenciado patamar de competitividade.

Fonte SaudeWeb

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